Bancários se mobilizam para o Dia Nacional de Luta na próxima quarta

“A hora da reação chegou e os trabalhadores bancários não podem ficar de braços cruzados esperando que os outros decidam o que deve ou não deve acontecer. Somos atores sociais, temos responsabilidades e precisamos lutar por nossos empregos e salários para garantir que o mercado interno continue em expansão”.

É com esse argumento que o presidente da Federação dos Bancários da CUT no Estado de São Paulo (Fetec/CUT-SP) e também presidente da CUT do Estado, Sebastião Geraldo Cardozo, está convocando todos os sindicatos dos bancários para se engajarem ao Dia Nacional de Luta pelo Emprego e pelo Salário, que acontece na próxima quarta-feira, dia 11 de fevereiro.

Com a chamada “Querem lucrar com a crise. A classe trabalhadora não vai pagar esta conta”, a Central Única dos Trabalhadores (CUT) estará realizando mobilizações em diferentes regiões do País.

Em São Paulo, a CUT do Estado planeja uma grande panfletagem no dia 11 e um ato para reivindicar que o Governo do Estado negocie com os trabalhadores ações para superação da crise e reversão das demissões. A CUT vem defendendo que os governos estaduais e municipais entrem no jogo para estimular investimentos produtivos e, portanto, promover emprego e renda.

Na cidade do Rio de Janeiro, por exemplo, haverá passeata e concentração em frente à sede administrativa da Vale do Rio Doce, uma das empresas que atualmente simbolizam o oportunismo de quem lucra muito dinheiro mas, aproveitando do clima de crise, defende demissões e redução de salários.

Em Vitória, capital do Espírito Santo, vários sindicatos cutistas já começaram nesta quinta, dia 05, a panfletar vários locais da cidade com o Jornal da CUT. A panfletagem segue, diariamente, até o dia 11, preparando a atividade maior.

Para a CUT, a mobilização nacional será uma resposta firme “à proposta da Fiesp e de alguns empresários que andaram dizendo que os trabalhadores precisavam aceitar redução de salário. É uma proposta burra, indece nte porque esconde que, na verdade, o que eles querem é aumentar a exploração e os lucros. Burra porque, com menos dinheiro no bolso do trabalhador, menos consumo e menos crescimento”, afirma Artur Henrique, presidente da CUT.

Reivindicação dos Trabalhadores

Entre as reivindicações apresentadas pela CUT está a de usar o superávit primário para garantir programas sociais e investimentos em obras que gerem empregos; redução drástica da taxa básica de juros; queda do spread; fim da rotatividade no emprego; liberação do crédito e redução da jornada sem redução de salário.

A CUT propõe ainda uma atenção especial aos investimentos públicos e contr apartida social de empresas privadas. “É essencial que o governo federal, através do BNDES, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) mantenha e até amplie os investimentos em obras que gerem emprego e renda, bem como, exija que todas as empresas que receberem isenção de impostos ou empréstimo com dinheiro público se comprometam a não demitir, sob pena de punição”, finaliza o presidente da CUT.

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