Bancários realizam manifestação em defesa do BB em Belo Horizonte

Ato foi realizado em frente ao prédio do Banco do Brasil

Em mais um dia de intensa mobilização, bancárias e bancários realizaram nesta sexta-feira (17) ato em defesa do Banco do Brasil em frente ao prédio do BB na rua da Bahia, em Belo Horizonte. Os trabalhadores defenderam o papel social do banco e a importância de seu fortalecimento para o desenvolvimento econômico e social do Brasil.

O ato contou com grande adesão de funcionárias e funcionários do BB e com a participação do deputado federal eleito Patrus Ananias (PT) e do deputado estadual reeleito André Quintão (PT). A CUT-MG e vários sindicatos também fortaleceram a mobilização.

Eles alertaram a população dos riscos do enfraquecimento dos bancos públicos. Nesta segunda-feira (20), nova atividade acontecerá em frente à agência do Banco do Brasil da rua dos Tamoios, esquina com a rua Guarani, no Centro da capital mineira. O ato vai começar às 12 horas.

Durante o ato desta sexta, os participantes ressaltaram que, sem o aumento da oferta de crédito do BB para a agropecuária, a agricultura familiar, para empresas e consumidores, o Brasil não teria saído da crise de 2008 muito mais rápido que qualquer outro país do mundo.

O Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), que é desenvolvido pelo banco, oferece crédito ao agricultor familiar e tem como objetivo fortalecer suas atividades, integrando-o à cadeia do agronegócio e aumentando sua renda. Nos últimos 12 anos, o programa chegou a todo o Brasil e teve seu volume de crédito multiplicado em mais de dez vezes, saltando de R$ 2,2 bilhões em 2002/2003 para R$ 24,1 bilhões em 2014/2015.

A categoria bancária em todo o Brasil se mobiliza para mostrar à população o risco representado pelo já nomeado ministro da Fazenda do candidato Aécio Neves (PSDB), Armínio Fraga.

Em entrevista ao Instituto Liberal em 2013, Armínio, que é ex-presidente do Banco Central no governo FHC, defende a redução do papel dos bancos públicos na economia brasileira, chegando a dizer que não sabe bem “o que vai sobrar no final da linha, talvez não muito”.

No trecho da apresentação, Armínio afirma que o modelo brasileiro formado por “três grandes bancos públicos em atuação”, BNDES, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal, “não é um modelo favorável ao crescimento, ao desenvolvimento” do país. A fala de Armínio deixa claro seu posicionamento e representa uma ameaça a todo o povo brasileiro.

“Defendemos com muito orgulho o Banco do Brasil. Vamos continuar nas ruas durante toda a semana para defender os bancos públicos, que correrão o risco de ser privatizados, caso os tucanos retornem ao poder. Defenderemos sempre a Caixa, o Banco do Brasil, o BNDES. Não vamos deixar que acabem com os bancos públicos. Nós temos lado, temos projeto. Estamos do lado de quem defende a classe trabalhadora e defendemos instituições que são patrimônio do povo brasileiro. O que é nosso, nós não vamos deixar vender. Estamos aqui para proteger o que é nosso”, disse Eliana Brasil, presidenta do Sindicato dos Bancários de Belo Horizonte e Região.

“Este é um ato importante, pois é de defesa de instituições financeiras, como o Banco do Brasil, que protegem os economicamente mais fracos. Se nós queremos mais de 1,5 milhão de jovens pobres continuem entrando nas universidades, temos que fazer a escolha certa. Não queremos retrocesso. Não queremos um Brasil servil aos Estados Unidos. Vamos à luta para ganhar as eleições”, afirmou Patrus Ananias.

“Armínio Fraga diz que não fala em privatização, mas em sanear os bancos públicos. Mas, sanear para ele significa corte de pessoal. E, neste momento, quem contrata são os bancos públicos. A raiz de todo o problema, quando a discussão é corrupção, é o financiamento público de campanha. A presidenta Dilma Rousseff propôs um plebiscito popular sobre a reforma política, que foi barrado pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Ao contrário de anos atrás, vemos que a Polícia Federal, procuradores têm liberdade para atuar. Não é como no tempo de FHC, quando os processos eram engavetados. É preciso elevar o debate, para que os brasileiros votem com tranquilidade no próximo dia 26”, disse André Quintão.

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