Bancários param CA Raposo e CTO em São Paulo contra demissões no Itaú

Protestos repudiam dispensas imotivadas na área de tecnologia do banco

Dois prédios administrativos do Itaú, o Centro Tecnológico Operacional (CTO) e o Centro Administrativo Raposo Tavares (CA Raposo), ficaram fechados nesta segunda-feira (4), em protesto do Sindicato dos Bancários de São Paulo contra as demissões na área de tecnologia (Atec).

Desde o início do processo de reestruturação, com a construção do novo centro tecnológico em Mogi Mirim, interior de São Paulo, o banco pratica demissões consideradas imotivadas pelo movimento sindical, uma vez que dispensados possuem boas avaliações e não falta trabalho nos departamentos da TI.

Em junho, a direção do banco informou em reunião com dirigentes sindicais que não fecharia centros administrativos, nem cortaria postos de trabalho diante do investimento em novo polo de tecnologia no interior do estado. “Não foi bem o que ocorreu. Essas demissões não pararam mais desde então. Quem fica, além de ficar sobrecarregado, com trabalho até aos finais de semana, vai adoecer, pois a pressão e o medo da dispensa já fazem parte do cotidiano”, alerta a dirigente sindical Valeska Pincovai, destacando a crescente terceirização na área de tecnologia, o que precariza o trabalho.

R$ 11 bilhões

Além do investimento no novo centro tecnológico, o lucro líquido recorrente do Itaú atingiu R$ 11,156 bilhões nos nove primeiros meses de 2013, 5,8% mais em relação ao mesmo período de 2012. “Esse resultado fantástico é fruto do trabalho dos bancários. Mas, infelizmente, não há contrapartida para a sociedade, apenas desemprego”, destaca Valeska.

O banco reduziu o número de trabalhadores de 104.022 em março de 2011 para 87.440 em setembro de 2013 – corte de 16.582 postos de trabalho no período.

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