Bancários negociam com Santander e Real e cobram respostas sobre fusão

Agora não tem mais desculpa. O Santander já está com todas as reivindicações dos bancários, inclusive detalhadas durante a negociação ocorrida nesta quinta-feira, dia 11, em São Paulo. Os funcionários querem respostas imediatas para o fim das demissões e participação em todo processo de fusão, entre outras questões.

Na reunião com os negociadores Gilberto Trazzi, do Santander, e Jerônimo Tadeu dos Anjos, do Real, designados pelo presidente do Santander Brasil, Fábio Barbosa, os representantes dos trabalhadores levaram para mesa de negociação a preocupação dos bancários dos dois bancos, que estão inseguros em relação ao futuro quando se trata de direitos e emprego.

As reivindicações reforçadas durante as negociações foram: que todo o processo de fusão deve ser negociado com as entidades sindicais, transparência nas informações repassadas ao movimento sindical, que os acordos e direitos trabalhistas sejam mantidos, fim das demissões e terceirizações, manutenção dos planos de saúde e previdência e a criação de um centro de realocação, onde se possa identificar vagas que sejam reaproveitadas pelos funcionários em áreas redundantes.

As duas instituições comprometeram-se a manter o diálogo com o movimento sindical com transparência, além de respeitar os acordos, mas se omitiram em relação a garantia ao emprego e direitos.

O coordenador da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Real, Marcelo Gonçalves, que participou da negociação, destaca que as mudanças estão ocorrendo em ritmo acelerado e sem a efetiva participação do movimento sindical, o que vai na contramão do discurso do presidente do Santander , Fábio Barbosa que disse que nada muda para os funcionários.

“Devido ao ritmo das mudanças, a direção do Santander precisa dar uma resposta rápida para o movimento sindical em relação à garantia de empregos e direitos. É importante que os bancários mantenham a mobilização e acompanhem o resultado das negociações”, reforça Marcelo.

A representante da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Santander, Rita Berlofa, que também participou da reunião desta quinta, lembra que na Europa os trabalhadores já tiveram resposta. “É fundamental que o banco sinalize positivamente para os bancários que não haverá demissão e nem corte de direitos como aconteceu na Europa. Isso garantiria a tranqüilidade para o funcionário que precisa continuar o seu trabalho e ainda seguiríamos no sentido de construir uma relação boa para todos”.

“A vinda do presidente mundial do Santander, Emilio Botin prevista para o fim de outubro, quando ele anunciará um plano estratégico para o Brasil, é uma boa oportunidade para divulgar um acordo que contemple as necessidades dos trabalhadores brasileiros do Grupo Santander Brasil”, lembra a dirigente sindical.

A próxima negociação entre os representantes do dois bancos e os trabalhadores acontece no dia 26 de setembro.

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