Bancários do Rio rejeitam proposta da Fenaban e confirmam greve nacional

Trabalhadores seguem orientação do Comando Nacional

Os bancários do Rio de Janeiro atenderam o chamado do Comando Nacional, coordenado pela Contraf-CUT, de fortalecer a unidade nacional e ratificaram a decisão da assembleia do último dia 25 de greve por tempo indeterminado a partir desta terça-feira, dia 30.

“Os bancos chamaram a categoria para uma negociação em pleno sábado para apresentar esta proposta indecorosa. Vamos dar uma resposta com uma forte greve nacional”, disse o secretário-geral da Contraf-CUT, Carlos de Souza.

A presidenta em exercício do Sindicato, Adriana Nalesso, convocou os bancários do Rio para a greve nacional. “A categoria já deixou claro que a proposta dos bancos é insuficiente e que queremos mais. O êxito da campanha salarial depende do nível de participação dos bancários e bancárias na greve. O Rio tem uma tradição de vanguarda nas lutas da categoria e eu avalio que este ano não será diferente”, disse.

Nalesso destacou também a importância da participação dos trabalhadores no ato público desta quinta-feira, dia 2 de outubro, contra as propostas de independência do Banco Central feita pela candidata do PSB à presidência da República, Marina Silva, e em defesa do papel social e do fortalecimento dos bancos públicos.

“Temas da campanha eleitoral, como a questão da autonomia do BC, a tentativa de reduzir a presença dos bancos públicos no sistema financeiro nacional e a ampliação das terceirizações estão diretamente relacionados à vida dos bancários e de toda a classe trabalhadora. Por isso, este ato é uma atividade que faz parte do calendário da campanha nacional da categoria”, destaca.

Proposta insuficiente

No último sábado, dia 27, a Fenaban chamou o Comando Nacional para negociar e apresentou uma proposta, elevando o reajuste salarial em 0,35% em relação ao item proposto no dia 19 de setembro: de 7% (0,61% acima da inflação) passou para 7,35% (0,94% de aumento real).

O piso saltou de 7,5% (1,08% de ganho real) para 8% (1,55% de ganho real). A Participação nos Lucros e Resultados (PLR) mantém a mesma regra do ano anterior: 90% do salário mais R$ 1.818,51 limitado a R$ 9.755,42.

O tíquete oferecido é de R$ 24,88 por dia e o auxílio-alimentação e a 13ª cesta passariam para R$ 426,60 e auxílio-creche/babá de R$ 355,02 (filhos até 71 meses) e R$ 303,70 (filhos até 83 meses).

Os bancários consideram a proposta remuneratória insuficiente e criticam ainda o fato de os bancos não terem avançado em itens fundamentais, como o combate ao assédio moral e às metas abusivas, que adoecem a categoria. Por isso, assembleias em todo o pais aprovaram a greve por tempo indeterminado.

Organize e fortaleça a greve

Todos as dias, às 16h30, haverá reunião do comando da greve aberta a todos os bancários no auditório do Sindicato (Avenida Presidente Vargas, 502, 21º andar), no centro do Rio.

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