Bancários do Paraná fazem manifestações e paralisações em todo Estado

Passeata nas ruas de Londrina em defesa da pauta da classe trabalhadora

No Dia Nacional de Mobilização e Paralisação convocado pela CUT e demais centrais sindicais, os sindicatos paranaenses participaram das manifestações que têm como um dos eixos centrais o combate ao PL 4330/2004 da terceirização. “Os trabalhadores estão mandando, nas ruas, um recado aos deputados federais – Se vocês representam os trabalhadores, têm que retirar da pauta o Projeto de Lei 4330 da terceirização. Ele só interessa a quem quer retirar direitos dos trabalhadores e precarizar empregos. Um país de primeira não pode ter empregos de terceira”, afirma Beto von der Osten, secretário de Finanças da Contraf-CUT.

No Paraná, os sindicatos filiados à Fetec-CUT-PR realizaram manifestações na na defesa dos direitos e conquistas dos trabalhadores e contra a aprovação do projeto de lei que representa uma verdadeira tragédia de precarização das relações contratuais presentes no mercado de trabalho brasileiro.

Para Elias Jordão, presidente da Fetec-CUT-PR, “o PL 4330 representa um enorme retrocesso para os trabalhadores, pois retira direitos e precariza o emprego. Os únicos favorecidos com este projeto são os empresários e banqueiros. A aprovação deste projeto de lei coloca em risco não apenas os empregos atuais, como o emprego das futuras gerações. Precisamos continuar atentos e mobilizados. Esperamos que este governo eleito com os votos na sua maioria da classe operária, vete este projeto e não frustre as esperanças de milhões de trabalhadores”.

Em Curitiba, mais de 35 locais de trabalho, entre agências bancárias, postos de atendimento e Centros Administrativos, ficaram paralisados na manhã desta sexta-feira, na região central da capital paranaense. O funcionamento normal das unidades da região só foi reestabelecido às 11h.

A mobilização, organizada pelo Sindicato dos Bancários e Financiários de Curitiba e Região, em conjunto com a Fetec-CUT-PR, integrou o Dia Nacional de Mobilização e Paralisação das Centrais Sindicais.

Além do atraso na abertura das agências bancárias, também foi realizada uma assembleia de mobilização no encontro das ruas XV de Novembro e Monsenhor Celso, com a participação de mais de 150 trabalhadores bancários. Os dirigentes sindicais informaram sobre o andamento das negociações da Campanha Nacional dos Bancários 2013 e reforçaram a importância da defesa das bandeiras da classe trabalhadora.

Paralisações no interior

Em Umuarama, a iniciativa do sindicato regional e a participação dos trabalhadores garantiram o retardamento de uma hora na abertura das agências bancárias.

Os sindicatos das regiões de Campo Mourão, Guarapuava, Paranavaí e Toledo realizaram manifestações e passeatas nos centros das cidades-sede, esclarecendo os trabalhadores e a população sobre o Projeto de Lei 4330/2004 que ataca diretamente os direitos dos trabalhadores e ainda explicaram sobre o andamento da campanha salarial atual.

Em Londrina, “o Sindicato levou ao conhecimento da população não só a pauta da classe trabalhadora, mas também informações a respeito do encaminhamento das negociações com os bancos, como forma de buscar apoio à luta por mais contratações, condições de trabalho e atendimento de qualidade nas instituições financeiras”, comenta Wanderley Crivellari, presidente do Sindicato dos Bancários de Londrina e Região.

Em Apucarana e em Cornélio Procópio, os trabalhadores participaram de atos públicos e passeatas nas principais avenidas, esclarecendo sobre a pauta nacional da classe trabalhadora. Também foi feito o chamamento a todos os bancários e bancárias para a nossa campanha salarial que já está em curso e que até o momento não houve repercussão positiva por parte dos banqueiros.

“Se o banqueiro não negociar, o bancário vai parar” afirmou Divonzir Lemos Carneiro, presidente do Sindicato dos Bancários de Cornélio Procópio e Região.

A agenda das centrais sindicais

Além do combate ao PL 4330/2004, a pauta das centrais sindicais para o Dia Nacional de Mobilização e Paralisações inclui:

> Fim do fator previdenciário;
> Redução da jornada para 40 horas sem redução salarial;
> Valorização das aposentadorias;
> 10% do PIB para a educação;
> 10% do orçamento da União para a saúde;
> Transporte público de qualidade;
> Reforma agrária;
> Suspensão dos leilões de petróleo.

A CUT e suas entidades sindicais ainda defendem a reforma política com plebiscito, a reforma tributária e a democratização dos meios de comunicação.

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