Bancários do HSBC protestam em dia internacional de luta em São Paulo

Trabalhadores reivindicam contratações e melhores condições de trabalho

Fim das demissões, mais funcionários para diminuir a sobrecarga de serviço, investimento na infraestrutura dos prédios, salários iguais para funções iguais, plano de cargos e salários, fim das metas abusivas e do assédio moral. Essas foram as principais reivindicações levadas pelo movimento sindical ao Centro Administrativo São Paulo (Casp), na Vila Leopoldina, e ao Tower do HSBC, no Itaim Bibi, nesta sexta 22.

Os protestos em São Paulo fizeram parte do dia de luta dos bancários do banco inglês nas Américas. Os trabalhadores querem a assinatura de um documento – o chamado Marco Global – que garanta direitos fundamentais e conquistas como organização sindical sem ingerência patronal e sindicalização sem retaliações, repressão ou discriminação.

O dia de luta foi decisão de reunião promovida pela UNI Américas Finanças, braço da UNI Sindicato Global, realizada em junho, no Peru. “O apoio dado pelos bancários de São Paulo fortalece as batalhas dos trabalhadores de outros países. Se o capital é global, nossa luta também tem de ser global”, explica o diretor do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Luciano Ramos.

Além disso, a atividade lançou a Campanha Nacional 2014 para os trabalhadores do HSBC. Com o tema cinematográfico Bancos em 3D: demitem, desrespeitam, deprimem. Vamos mudar essa história!, informações sobre o início das mesas de negociação foram apresentadas. Teve distribuição de pipocas e soberbos banqueiros apoiados em pernas de pau animaram a manifestação.

Apoio

Pela manhã, mais de 500 trabalhadores paralisaram suas atividades para participar do ato organizado pelo Sindicato. Durante a tarde, o protesto chamou a atenção dos que estavam em horário de almoço, no Tower. “Apesar de representante do HSBC ter afirmado que só negociará questões específicas após o encerramento da Campanha, vamos continuar a cobrar especificamente do banco melhores condições de trabalho e mais investimentos nos departamentos e nas agências”, reforça Luciano.

Quem trabalha no HSBC enfrenta sobrecarga de trabalho, metas abusivas e assédio moral, além de problemas ligados à infraestrutura.

“Muitos são os problemas e os trabalhadores mostraram-se dispostos a apoiar nossas lutas, fazendo denúncias e participando ativamente dos protestos. Só a mobilização da categoria pode mudar essa história de desrespeito. Esse filme tem de mudar”, afirma o diretor do Sindicato, Paulo Sobrinho.

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