Bancários do Banpará definem minuta específica de reivindicações

Genuinamente paraense, assim é o Banpará, que a cada ano cresce, em lucros e novas agências; mas para os seus 1165 funcionários o crescimento ainda não chegou até eles e como principais atores dessas conquistas exigem melhorias, deliberadas e aprovadas durante o II Encontro dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Banco do Banco do Estado do Pará realizado na segunda-feira (2) no Hotel Beira Rio em Belém.

Ex-presidente do Conselho de Administração (Consad) do Banco, durante 3 anos e meio, e também Dr. em Economia, Cláudio Puty falou do aumento dos lucros do Banpará que em 2006 chegou aos R$ 6 milhões de reais, enquanto que no início de sua gestão como presidente do Consad, os ganhos da empresa eram em torno de R$ 10 mil reais. “Um dos principais motivos para tal crescimento está na rede de serviços oferecida pelo banco que não vai ser federalizado e muito menos privatizado”, garante Puty.

Após aprovação, por unanimidade, do Regimento Interno do Encontro, foi a vez dos bancários e bancárias, tanto da capital quanto dos demais municípios do Estado deliberarem sobre as propostas da Minuta de Reivindicações da categoria para a Campanha Nacional desse ano, que giraram em torno de dois principais temas: Saúde do Trabalhador e Segurança Bancária, e Emprego e Remuneração.

“Encontros como esse são de extrema importância para os empregados do banco, pois é um momento de construção que requer o debate e a união para no fim toda a categoria ser contemplada com o que for aprovado nas mesas de negociação”, afirma Raimundo Lobato, caixa no município de Breves, oeste do Estado.

Pensando na necessidade e na importância de mais encontros, e não só para os bancários, mas para a sociedade como um todo, está marcado para o dia 21 de agosto, o I Seminário do Banco do Estado do Pará. “O objetivo desse seminário é garantir a participação de todo o funcionalismo do banco, bem como de toda a sociedade, na construção de propostas para o fortalecimento do Banco do Estado do Pará”, ressalta a presidente do Sindicato e diretora da Contraf-CUT, Rosalina Amorim.

PROPOSTAS APROVADAS

Saúde do Trabalhador e Segurança Bancária

O Banpará, no final do ano passado, alterou algumas instalações em suas agências da capital. As poltronas e o monitor sequenciador de senhas mudaram de posição. Uma tevê com dicas de segurança redireciona o olhar de quem espera atendimento nos caixas do banco. E um painel de isolamento impede a visualização da altura dos ombros até as pernas das ações feitas por quem já é atendido. Iniciativa que deu certo e e só não deu certo e será proposta para outros bancos durante as mesas de negociações desse ano. A medida é fruto de várias reuniões do GT de Segurança do banco, do qual o Sindicato dos Bancários faz parte.

Para a ‘Segurança Bancária’ a categoria aprovou que em casos de assalto, a qualquer dependência do banco ou, seqüestro desde que relacionado às atividades desempenhadas, os empregados e familiares terão assistência médica e psicológica pelo tempo, conforme o caso e pelo tempo que for necessário, sob a coordenação do SESMT; emissão de Comunicado de Acidente de Trabalho (CAT), para todos os envolvidos na ocorrência; indenização dos bens móveis subtraídos dos bancários durante seqüestros e assaltos no horário de trabalho; volta da proteção transparente nos caixas para coibir o furto, proibição de transporte de valores por empregados do banco e tratamento com caráter de emergência para as demandas de segurança, como reparo de porta giratória, revisão e reinstalação de câmeras de filmagens, adotando-se a dispensa, se necessário, de licitação.

No item ‘Saúde do Trabalhador’ foi aprovado a implantação de plano odontológico, auxílio no valor de R$ 1.020,00 para funcionários que tenham dependentes com necessidades especiais, abono academia; reembolso de 70% do que for gasto com medicamentos de uso contínuo por doenças ocupacionais para todos os ativos e aposentados; intervalo de almoço de 1h para quem cumpre jornada de trabalho de 6h; criação de links nas páginas eletrônicas das entidades representativas da categoria, para que os bancários (as) possam fazer denúncias anônimas de assédio moral e sexual; e combate ao assédio moral e sexual e a todas as formas de violência organizacional.

Emprego e Remuneração

. Participação nos lucros e resultados, o banco seguirá integralmente o acordo aditivo assinado entre a Fenaban e a Contraf-CUT;
. Isonomia salarial para os comissionados;

. Valorização das comissões pagas atualmente, observando os valores pagos por outras instituições no mercado;

. Reembolso mensal de valores gastos com transporte, combustível e ligações telefônicas realizados pelos funcionários devido suas atividades, independente dos mesmos possuírem função gerencial;

. Licença prêmio de 90 dias para todos os funcionários, a cada 5 anos de trabalho;

. Reembolso pelo fortalecimento do banco devido a doação de 20% do salário, realizado por 11 meses no ano de 1998;

. Concorrência seletiva para o preenchimento de cargos comissionados, aberta ao conjunto de funcionários do banco, com divulgação de critérios claros e objetivos;

. O banco fica obrigado a estabelecer e divulgar critérios objetivos e transparentes para acesso às verbas do PDEB;

. O banco distribuirá as vagas de cursos da Escola de Governo do Estado do Pará de forma equilibrada e transparente;

. Seleção transparente de estagiários;

. Implantação de senha eletrônica;

. Implantação do ponto eletrônico;

. Implantação de sistema de assinatura digitalizada;

. Criação do Plano de Função Gratificada (PFG);

. Disponibilização de acesso aos empregados da capital e interior ao sitio da Contraf-CUT, Seeb PA/AP, Afbepa e Cafpa;

. Implantação imediata da 2ª fase do PCS, conforme relatório definido pelo GT;

. Incorporação no salário bruto de 10% da comissão a cada ano trabalhado;

. Eleição para o Comitê Trabalhista, Disciplinar e Segurança, e Conselho de Administração;

. Pagamento de quebra de caixa para os tesoureiros e coordenadores de caixa;

. Prazo de 90 dias para efetivação dos funcionários em funções comissionadas;

. Efetivação imediata dos funcionários comissionados que estão em trainne; ou na função há 3 meses ou 6 meses intercalados;

. Reestruturação, no prazo máximo de 120 dias, de agências e PABs com um quadro reduzido de bancários;

. Manutenção do ticket alimentação aos adoecidos, durante todo o período de licença;

. Capacitação e formação trimestral de todos os empregados em suas respectivas funções;

. Pagamento integral das horas extras;

. Gratificação de 20% aos funcionários de nível médio que possuírem graduação (nível superior) ou adquirirem esta condição, e os de nível superior que concluírem pós-graduação e/ou especialização;

. Parcelamento das perdas de caixa;

. Implantação de cursos à distância para concorrer a comissões.

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