Bancários discutem questões específica e adicional de PLR com Real

Aproveitando a realização da 4ª Reunião de Redes Sindicais de Banco Internacionais, dirigentes do banco Real das bases de Pernambuco, Rio Grande do Sul, Paraná, Rio de Janeiro, Mato Grosso e São Paulo solicitaram uma reunião com a empresa para debater questões específicas desses locais. O encontro entre sindicalistas e RH do banco aconteceu hoje, dia 21, às 14h30.

Os representantes do Rio Grande do Sul cobraram providência em relação a um gerente geral do estado contra quem já foram feitas inúmeras denúncias de assédio moral, tanto pelo sindicato quanto por trabalhadores. Para piorar o caso, uma bancária fez uma denúncia contra este gerente no programa interno do banco chamado Compliance, que visa exatamente proteger os trabalhadores que queiram realizar esse tipo de reclamação, e foi demitida. “Queremos a suspensão da demissão desta trabalhadora e que o banco tome providências quanto a esse gerente. Não é a primeira vez que tem denúncias sobre ele no Compliance”, afirma Luiz Volnei Diogo, membro da Comissão de Organização de Empresa do Real da Contraf/CUT (COE Real).

No Paraná, foi denunciado o fato de que, nas agências de Cornélio Procópio e Paranavaí, trabalhadores terceirizados estão realizando funções de bancários. Os terceirizados atendem e orientam aposentados sobre o pagamento de seus benefícios, além de realizarem outros trabalhos dentro da agência. O movimento sindical cobrou o fim do procedimento, que considera inadmissível.

Os bancários do Rio de Janeiro reivindicaram a revisão da situação dos funcionários que trabalham no Call Center em relação ao uso do estacionamento. Antes, os trabalhadores tinham o uso liberado, mas foram proibidos recentemente. Com isso, esses bancários, que não recebem vale-transporte, são obrigados a usar estacionamentos próximos, pagando de seu próprio dinheiro. Os bancários cobraram o restabelecimento do acesso ao estacionamento para esses funcionários.

Os representantes do Mato Grosso fez uma reivindicação relativa à base de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul. Trata-se da liberação de um sindicalista daquela base, que é o único funcionário do Real na região que é dirigente sindical. “Só isso já demonstra a importância da liberação”, analisa Arilson da Silva, presidente do Sindicato dos Bancáriso de Mato Grosso e membro da COE Real.

O banco ficou de analisar as questões apresentadas e dará uma resposta em reunião a ser agendada.

PLR

O Real aproveitou a reunião e introduziu a questão do adicional da Participação nos Lucros e Resultados (PLR). O assunto foi para a mesa por conta de uma carta, enviada pelo movimento sindical, solicitando uma negociação para tratar do tema.

O banco voltou a afirmar que pretende cumprir a regra estabelecida no acordo com a Fenaban. Com isso, com os resultados divulgados até agora, não haverá pagamento de parcela adicional agora. A empresa afirmou ainda que quer aguardar o final de 2008 para ter a “visão-ano” e decidir sobre o pagamento ou não da parcela adicional.
Os representantes do banco lembraram ainda que o 3º e 4º trimestre costumam apresentar ganhos maiores. Além disso, lembraram os negociadores, o contexto do mercado também é importante, e se houver mudanças relevantes o banco poderá tratar do assunto. Porém, por enquanto, reafirma que não vai pagar o adicional.

“O movimento sindical continua insistindo para que se encontre uma solução que contemple os esforços realizados pelos trabalhadores, que contribuíram para os bons resultado da empresa”, afirma Marcelo Gonçalves, coordenador nacional da Comissão de Organização de Empresa do Real da Contraf/CUT (COE Real).

“O banco continua apresentando lucros enormes, na casa dos bilhões de reais, teve crescimento em seu numero de clientes, tem rentabilidade. Isso quer dizer que os funcionários produziram, apresentaram resultados, e precisam ter um final de ano feliz, com parte desse resultado no bolso”, sustenta.

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