Bancários discutem assédio moral e dias de greve com a Nossa Caixa

Os representantes dos trabalhadores da Nossa Caixa discutiram nesta quarta 12 com a diretoria de Gestão de Pessoas do banco, Marli Martins a aplicação do índice, a compensação dos dias de greve e o combate ao assédio moral, tema sobre o qual houve avanços significativos.

A direção do banco apresentou o número de funcionários contemplados com os reajustes que variaram de 8,15% a 10%. O reajuste médio aplicado pela instituição foi de 9,13%, sendo que cerca de 9.063 funcionários tiveram 10% e 5.350 funcionários receberam 8,15%. Ao aplicar os 10%, o banco fez o acerto de curva do PCS, assim como dos pisos do Plano de Cargos e Salários.

Compensação dos dias de greve

A direção da Nossa Caixa determinou a compensação de todas as horas paradas, inclusive com a utilização do banco de horas com adicional de 50%. “É um absurdo pelo estabelecido no acordo coletivo e também pelo que consta no Manual de Instruções e Procedimento (M.I.P) quando diz que o banco deve pagar, no máximo, até o mês seguinte, todas as horas extras não compensadas”, sustenta Neide Fonseca, diretora da Contraf-CUT.

Gratificação e quebra de Caixa

Para os caixas eventuais a gratificação e quebra de caixa foram desconsideradas, levando em conta somente o salário base. Também Foram acertadas eventuais distorções para os salários base até R$ 2.540,00.

“Consideramos que essa atitude em desconsiderar a gratificação e quebra de caixa é punitiva e contraria a Convenção Coletiva”, avalia Neide. “O banco diz que como os caixas eventuais não trabalharam, também não devem receber”, complementa.

Contudo, após muita discussão a diretora de Gestão de Pessoas, Marly Martins, se comprometeu a reavaliar a posição do banco. Segundo Neide Fonseca, os caixas eventuais representam a maioria dos caixas que atuam na instituição financeira, por isso há a expectativa de que esta postura em não pagá-los seja revista.

Assédio Moral

O problema do assédio moral também foi debatido na negociação e será apresentada uma proposta sobre o tema ao banco. Na avaliação dos representantes dos trabalhadores, o problema é institucional e precisa de uma solução urgente. “Entretanto, houve avanços nesta discussão já que a Nossa Caixa aceitou transformar o Comitê de ética em instância de avaliação dos casos de assédio Moral, conforme acordado na mesa temática da Fenaban”, finaliza Neide.

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