Bancários denunciam que Santander quer cortar mais empregos

O Sindicato dos Bancários de São Paulo vem recebendo denúncias de que ocorrerão mais reduções de postos de trabalho em agências do Santander. Segundo informações passadas por bancários, o novo alvo do banco são as agências de porte A. As reduções de quadros de funcionários em agências de porte C, D e E têm sido comuns no último semestre.

Nessas reduções, alguns funcionários foram remanejados; outros, demitidos. Segundo relatos, o banco já comunicou que as agências de porte A terão de reduzir o quadro para um padrão: dois coordenadores, quatro caixas e dois gerentes por segmento. Hoje essas agências possuem quatro coordenadores, seis caixas e três gerentes por segmento.

“Quem ficar nas agências vai enlouquecer com a sobrecarga e a cobrança por metas”, afirma uma funcionária do Santander.

Para a diretora executiva do Sindicato e coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Santander, Maria Rosani, o banco vai na “contramão” dos anseios dos funcionários e clientes.

“Recentemente, o novo presidente do banco afirmou que seu foco seria o cliente. Como respeitar os clientes sem funcionários? Se houver essas novas demissões, os funcionários serão ainda mais sobrecarregados, com mais metas abusivas e mais adoecimentos. É um absurdo!”, protesta a sindicalista.

Apenas no último trimestre, o Santander fechou 1.782 postos de trabalho. No primeiro semestre de 2013, já foram fechados 2.290 postos de trabalho. Em relação ao seu quadro em junho de 2012, a redução foi de 3.216 funcionários. Além disso, a rede de atendimento também foi reduzida: foram fechadas 12 agências, 238 caixas eletrônicos e 19 postos de atendimento bancários (PABs).

O Santander teve lucro líquido gerencial de R$ 2,929 bilhões no primeiro semestre, segundo balanço divulgado pela instituição financeira. O Brasil continua sendo o responsável pela maior fatia do lucro mundial do banco espanhol, com 25% de participação no resultado total do grupo.

“Os trabalhadores do Santander no Brasil continuam sendo tratados como cidadãos de segunda categoria. Eles têm de respeitar nossa cultura, caso contrário permanecerão em primeiro lugar no ranking de reclamações e perderão espaço para a concorrência”, afirma a sindicalista.

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