Bancários de Porto Alegre protestam nesta quinta em combate à LER/Dort

(Porto Alegre) Os bancários fazem parte uma estatística alarmante: compõem a categoria mais atingida por problemas de LER/Dort (lesões por esforços repetitivos/distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho) no País. Para chamar a atenção da sociedade para este cenário e cobrar a adoção de medidas de prevenção por parte dos bancos, o Sindicato dos Bancários de Porto Alegre e Região (SindBancários) promove ato-público nesta quinta-feira, dia 28, Dia Estadual de Combate à Ler/Dort, a partir das 12h30, em frente ao Santander Cultural, no Centro de Porto Alegre. A sexta-feira, dia 29, é o Dia Internacional de Prevenção de LER/Dort.

Antes disso, às 11h, os dirigentes fazem uma manifestação da Agência Santader da Avenida das Missões, número 6, para denunciar o descaso com quem sofre com as doenças. O local virou um verdadeiro “depósito de pessoas”. Funcionários afastados por LER/Dort que voltam da licença saúde são despejados na agência sem ter qualquer função. Dos 23 bancários lotados naquela agência, 17 encontram-se nesta situação.

A pressão dos bancos faz com que muitos trabalhadores sequer procure ajuda, com medo de perder o emprego. De 2007 até hoje, quase 500 pessoas procuraram a ajuda do Sindicato com problemas de sáude. Nestes 15 meses, a LER aparece como primeira causa de afastamento, com 315 casos. Depois vem a LER acompanhada por sofrimento psíquico, com 56 registros. O SindBancários quer mudar esta situação e destaca que os bancários doentes dispensados no retorno da licença-saúde têm sido reintegrados via ações judiciais.

As estatísticas
De 2000 a 2005, segundo dados do Ministério da Previdência Social, R$ 981,4 milhões foram pagos em auxílio-doença a 25,08 mil bancários afastados do trabalho por doenças incluídas nessas classificações.

Incluem-se nas LER/Dort doenças de coluna, tendinite, bursite e síndrome do túnel do carpo, entre outras. Os distúrbios já são a segunda maior causa de doenças entre os trabalhadores do país.

Entre os bancários, em média, cada trabalhador permaneceu um ano e meio afastado. Somados, são 14,9 milhões de dias sem trabalhar. De acordo com os dados da Previdência, para cada grupo de 10 mil trabalhadores, 520 bancários foram afastados por LER/Dort entre 2000 e 2004.

Fonte: Seeb Porto Alegre

Compartilhe:

Compartilhar no facebook
Facebook
Compartilhar no twitter
Twitter
Compartilhar no whatsapp
WhatsApp
Compartilhar no telegram
Telegram