Bancários de MT repartem o bolo com a população e reivindicam contratações

Ao som de uma banda e distribuindo panfletos, o Sindicato dos Bancários percorreu as agências da região central de Cuiabá na manhã de hoje em comemoração ao Dia do Bancário. Como presente, os bancários querem que os banqueiros atendam as reivindicações da categoria que estão na minuta da Campanha Salarial 2009. Dois trabalhadores fantasiados de banqueiros simbolizaram a ganância dos bancos e sua falta de compromisso com os bancários e sociedade. Ontem, na primeira rodada de negociação, a Fenaban rejeitou a proposta dos sindicatos que reivindicava mais contratações para o setor e preservação dos postos de trabalho.

No final do percurso o SEEB-MT realizou um ato em frente a agência do Real /Santander(localizada na Praça Alencastro) em que houve a distribuição de bolo à população, que simbolizou o desejo dos trabalhadores de que os banqueiros também façam a divisão do seu “bolo”. Em plena campanha salarial cujo tema é “Bancos abusam. Cadê a responsabilidade social?”, os bancários protestaram contra a política dos bancos que impõem metas abusivas, sobrecarga de trabalho, praticam assédio moral contra os trabalhadores, não oferecem segurança para o exercício da profissão e a constante desvalorização profissional.

“Estamos percorrendo as agência da rua Barão de Melgaço pois é nessa área que se encontra o centro financeiro de Mato Grosso. Pouco mais de dez anos nossa categoria era de cerca de 1 milhão de trabalhadores, hoje esse número está próximo de 450 mil. Entretanto, o número de contas correntes é seis vezes maior do que o daquela época. Mesmo assim, os bancos continuam demitindo e obrigando os clientes a usarem exclusivamente os caixas eletrônicos. Não somos contra a tecnologia, mas os clientes tem o direito de opção caso prefiram serem atendidos pessoalmente”, argumenta o presidente do SEEB-MT, Arilson da Silva.

Mesmo com altas margens de lucro, os banqueiros insistem em desvalorizar seus trabalhadores demitindo aqueles com maiores salários em troca de novos funcionários com salários mais baixos. Pesquisa realizada pela Contraf-Cut e Dieese, revelou que os bancos que operam no Brasil fecharam 2.224 postos de trabalho no primeiro semestre de 2009 e estão usando a rotatividade para reduzir a média salarial dos bancários. As empresas financeiras desligaram 15.459 bancários, principalmente em razão das fusões, e contrataram 13.235 entre janeiro e junho.

No encerramento do protesto foi cantado parabéns aos bancários, que mesmo submetidos a condições de trabalho degradantes persiste na luta por melhorias para a categoria. Sejam elas na área de saúde, segurança, remuneração ou valorização profissional.

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