Bancários de Criciúma paralisam agências do HSBC contra demissões

Mobilização contra dispensas imotivadas de trabalhadores

Com demissões ocorrendo no HSBC em todo o país, estimadas em cerca de 800 dispensas em menos de uma semana e uma demissão no último dia 11 em Criciúma (SC), os bancários fecharam nesta quinta-feira (13) durante todo dia as três agências da região: Criciúma, Cocal do Sul e Morro da Fumaça.

A paralisação acontece em nível nacional. Em Curitiba, onde fica a sede do banco inglês no Brasil, estão sendo realizadas manifestações desde o dia 7. A adesão do movimento na região ocorre após uma demissão na agência de Criciúma nesta semana. São cerca de 30 bancários nas três unidades.

Segundo o diretor do Sindicato dos Bancários de Criciúma e funcionário do banco, Julio Zavadil, “o banco alega estar em processo de reestruturação e fazendo demissões em massa. Este fator prejudica diretamente o trabalhador que está preocupado e adoecendo, além de refletir na PLR em função do seu desempenho”.

Na tarde de quarta-feira (12), o Ministério Público do Trabalho do Paraná (MPT-PR) realizou uma audiência de mediação entre o HSBC e o Sindicato dos Bancários de Curitiba e região. O procurador Alberto Emiliano de Oliveira Neto orientou o banco inglês a suspender as dispensas e iniciar uma negociação com os representantes dos trabalhadores.

Ele estabeleceu um prazo até segunda-feira (17) para o HSBC se manifestar a respeito das providências a serem tomadas.

“Segundo os tribunais, esse tipo de desligamento só poderia ocorrer após o esgotamento de todas as possibilidades de aproveitamento dos trabalhadores, através de um processo de negociação coletiva com as entidades sindicais”, salienta Miguel Pereira, secretário de Organização do Ramo Financeiro da Contraf-CUT.

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