Bancários de Brasília celebram Consciência Negra com debate nesta terça

Apesar de os pretos e pardos serem maioria em 56,8% dos municípios do país – de acordo com dados do Mapa da População Preta & Parda no Brasil segundo os Indicadores do Censo de 2010, divulgado na segunda-feira (14) -, essa parcela de brasileiros ainda é discriminada e convive com desigualdades em praticamente todos os segmentos da sociedade (trabalho, escola, universidade e política). Para tentar mudar essa triste realidade, o Sindicato dos Bancários de Brasília realiza evento sobre o Dia Nacional da Consciência Negra nesta terça-feira (22), a partir das 19h, no Teatro (EQS 314/315).

Assim como faz todos os anos, o Sindicato reunirá especialistas para debater o tema. Foram convidados o coordenador do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros (Neab) da Universidade de Brasília (UnB), professor Nelson Olokofá Inocêncio, a secretaria de Políticas Sociais da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Deise Recoaro, e o diretor do Departamento de Proteção ao Patrimônio Afro-brasileiro da Fundação Cultural Palmares, Alexandro Reis. Os três convidados confirmaram presença.

Data histórica

O Dia Nacional da Consciência Negra, celebrado em 20 de novembro, lembra o dia em que o líder do Quilombo dos Palmares, Zumbi, foi assassinado, em 1695.

Em 20 de novembro de 1971, o Grupo Palmares de Porto Alegre, liderado pelo poeta Oliveira Silveira, realizou o primeiro ato público da história do Brasil em homenagem a Zumbi. O líder negro foi apresentado como herói nacional e o 13 de maio apontado como farsa da abolição. A ideia se espalhou por outros movimentos sociais de luta contra a discriminação racial e, no final dos anos 1970, já aparecia como proposta nacional do Movimento Negro Unificado.

O 20 de novembro foi incluído, em 9 de janeiro de 2003, por meio da lei número 10.639, no calendário escolar de todo o país. Esta lei tornou obrigatório o ensino sobre História e Cultura Afro-Brasileira.

Com isso, professores devem inserir em seus programas aulas sobre os seguintes temas: História da África e dos africanos, luta dos negros no Brasil, cultura negra brasileira e o negro na formação da sociedade nacional. O objetivo é resgatar as contribuições dos povos negros nas áreas social, econômica e política ao longo da história do país.

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