Bancários atrasam trabalho em protesto contra demissões no Santander

Os bancários atrasam, nesta terça-feira, 3, o início dos trabalhos no Centro Administrativo Santander (Casa 3, Avenida Interlagos, 3.501, Santo Amaro) em favor da manutenção dos empregos no grupo e para cobrar a retomada das negociações que estão suspensas. No último dia 15 de janeiro, o banco espanhol demitiu 400 bancários no Brasil, motivado pela fusão com o banco Real.

“Há seis meses estamos negociando com o banco alternativas às demissões. A previsão era de concluí-las na semana passada, mas o banco cancelou a negociação e ainda demite em pelo processo negocial, demonstrando desrespeito com os trabalhadores”, disse Mário Raia, coordenador da Comissão de Organização dos Empregados do Santander e dirigente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região.

As negociações giram em torno de três eixos na busca pela preservação dos empregos. Os bancários cobram a utilização efetiva do Centro de Realocação / Venha Trabalhar na Rede, programa em que os bancários que trabalham na área administrativa se inscrevem para serem transferidos para as agências. O programa conta com 500 adesões, mas apenas 50 delas resultaram em transferência. Mário Raia lembra que as filas nas agências do Santander são uma prova da necessidade de ampliar o número de bancários para o atendimento.

Os bancários também reivindicam a criação de um programa de incentivos financeiros aos aposentados em atividade no banco ou em condições de aposentadoria, como a extensão de planos de saúde e vale-alimentação, por um prazo determinado.
Outro ponto discutido é o estabelecimento de licença remunerada aos bancários em período pré-aposentadoria.

Lucro – O Santander anunciou na semana passada seu lucro mundial em 2008, mostrando que a crise não atingiu o banco espanhol, ao contrário: nada menos que 8,876 bilhões de euros. Na comparação com o lucro recorrente de 2007, houve um crescimento de 9,4%. O banco adiantou também que vai distribuir 54% dos lucros na forma de dividendos aos acionistas, percentual superior ao liberado no ano anterior.

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