(São Paulo) O Congresso Nacional vai criar um grupo de trabalho para discutir a Emenda 3. Foi isso que o presidente da Câmara dos Deputados, Arlindo Chinaglia, disse aos cerca de oitocentos sindicalistas que lotaram o auditório da casa nesta terça-feira, dia 27. A plenária foi organizada pela CUT, junto com as demais centrais sindicais, com o objetivo de pressionar os deputados e senadores a manterem o veto presidencial à emenda 3. Caso contrário, os trabalhadores irão perder, e muito, os direitos conquistados com luta.
Segundo Chinaglia, o grupo será formado por representantes dos partidos políticos, de trabalhadores e empresários. Ele disse que a intenção é produzir propostas que, se não puderem ser consensuais, sejam pelo menos equilibradas. “Vamos desenvolver isso melhor. Vamos procurar caminhos de fazer uma mesa de negociação”, afirmou.
O presidente da Contraf-CUT, Vagner Freitas, que esteve em Brasília com uma delegação de bancários, disse que a criação do grupo de trabalho é interessante, mas destacou que os trabalhadores não vão permitir esta “reforma trabalhista” que a direita que promover de contrabando no projeto que cria a Super Recita.
Segundo Vagner, os representantes dos trabalhadores da CUT vão promover várias atividades para pressionar o Congresso a não derrubar o veto do presidente Lula. A mobilização já esquenta nesta terça e quarta-feira, quando a CUT vai percorrer os gabinetes dos deputados e senadores para buscar apoio à manutenção do veto presidencial.
No dia 4 de abril, quarta-feira, sindicalistas de todo o país fazem uma plenária em São Paulo, na Quadra dos Bancários, para definir estratégias nacionais de atuação. A partir do dia 7, sindicalistas ligados à CUT irão acampar em frente ao prédio do Legislativo, em Brasília, também como forma de pressionar os deputados e senadores contra a derrubada do veto à Emenda 3.
O maior protesto está programado para acontecer na terça-feira, 10 de abril: uma greve de advertência, em todo o país, um dia antes do fim do prazo para que a medida seja votada no Congresso.
Fonte: Contraf-CUT, com Agência Brasil
Foto: Agência Brasil
