Ato público da CUT contra demissões reúne diversas categorias no Paraná

Lúcia Norcio
Repórter da Agência Brasil

Curitiba – A Central Única dos Trabalhadores (CUT) realizou na manhã de hoje (11), um ato público, na Boca Maldita, em Curitiba, com a participação de diversas categorias, como bancários, servidores públicos, trabalhadores da construção civil, petroleiros. A mobilização faz parte do Dia Nacional de Luta em Defesa dos Empregos e Salários, que tem atividades em todo o país.

Segundo o vice-presidente da CUT no Paraná, Miguel Baez, o movimento deixa claro que os trabalhadores não podem pagar a conta de uma crise financeira internacional. “Os empresários vinham acumulando lucros, tivemos crescimento significativo na economia nos últimos dois anos e, mesmo com a crise financeira internacional ainda vamos ter crescimento este ano, em menor escala, mas ele ocorrerá. Portanto, não é justo que os empresários demitam se antecipando às conseqüências da crise na economia.”

O sindicalista lembrou que só no mês de dezembro, segundo dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), foram demitidos em todo o país 655 mil trabalhadores, dos quais 50 mil no Paraná.

“Temos que pensar em medidas alternativas às demissões, investimentos, isenção fiscal e punição para as empresas que realizarem demissões injustificadas. Uma das alternativas é usar o superávit primário para garantir programas sociais e investimentos em obras que gerem empregos”, defendeu o vice-presidente da CUT.

Baez destacou que outra luta dos trabalhadores é a redução da jornada sem redução de salários, das atuais 44 horas para 40 horas, o que, na avaliação dele, vai gerar mais empregos. Na prática, de acordo com o sindicalista, para que essas propostas sejam efetivadas, além das manifestações de rua, a CUT vem mantendo encontros com vários setores do governo, que tem se mostrado sensível às reivindicações. A resistência ocorre, segundo ele, na classe empresarial.

“Que se instalem câmaras setoriais para que os trabalhadores possam discutir os efeitos da crise com todos os setores. E uma coisa é clara, o que nem pensamos em discutir é a estratégia dos empresários de reduzir salários, não é justo que o trabalhador seja penalizado porque é a parte mais fraca desse elo”, concluiu.

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