Ato do MPT discute metas e assédio moral nos bancos em Porto Velho

Os participantes de ato público promovido pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) foram unânimes em afirmar que as mulheres continuam sendo as maiores vítimas de assédio moral no ambiente de trabalho. No setor bancário, o cumprimento de metas é considerado o principal tipo de assédio.

O evento, ocorrido na terça-feira (22), no auditório da Procuradoria Regional do Trabalho, em Porto Velho, foi aberto pelo procurador-chefe do MPT em Rondônia e Acre, Marcos Gomes Cutrim, e conduzido pelo procurador do Trabalho Bernardo Mata Schuch.

A diminuição do período de férias para compensar dias de paralisação em greve foi um dos temas discutidos no ato público, que também debateu a exigência para que o empregado permaneça no local do trabalho após o encerramento da jornada apenas para cumprir carga horária compensatória.

Na sua palestra, o desembargador e vice-presidente do Tribunal Regional do Trabalho em Rondônia e Acre (TRT-RO/AC), Francisco Cruz, disse que as respostas estão sendo dadas pela Justiça do Trabalho de Rondônia nas ações que tratam sobre assédio moral. “As condenações têm sido em valores cada vez mais expressivos e tem aumentado também a quantidade de ações julgadas no Tribunal. Em 2013 somam 2.763 as ações que tramitam no TRT da 14ª Região”, afirmou.

O procurador do Trabalho Fabrício Oliveira, por sua vez, lembrou que o bancário lida com pessoas e com valores, situações que geram muito desgaste e ainda sofrem as exigências abusivas e acima dos limites por parte da hierarquia dos estabelecimentos bancários. “É o estresse pela sobrecarga de trabalho que gera casos de humilhação do indivíduo e até de morte, inclusive de estagiários, que em alguns casos trabalham à exaustão para conseguir um contrato definitivo”, destacou.

O ato público realizado pelo MPT em Rondônia e Acre faz parte da programação da Semana de Conscientização sobre o Assédio Moral no Trabalho, promovida pela Coordenadoria de Promoção de Igualdade de Oportunidades e Eliminação da Discriminação no Trabalho (Coordigualdade).

Participaram do encontro representantes de entidades sindicais, estudantes, empregados em estabelecimentos bancários, advogados e trabalhadores de categorias diversas.

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