Assembleia aprova prestação de contas do Banesprev com ressalvas

Banespianos participaram da assembleia realizada em pleno feriadão

Os 400 participantes e assistidos do Banesprev presentes na assembleia realizada no último sábado, dia 28, no salão social do Esporte Clube Banespa de São Paulo, representando 1.646 votos, analisaram a prestação de contas de 2011 e decidiram aprová-la com as ressalvas apresentadas por representantes eleitos dos conselhos deliberativo e fiscal, no que diz respeito aos planos II, V e Pré-75.

Uma das ressalvas é a falta de aporte do serviço passado do Plano II pela patrocinadora Santander. Essa dívida comprovada nos estudos realizados pela Afubesp e entidades sindicais, que o banco teima em não reconhecer, é o motivo do déficit dos últimos anos, cujo rateio começou a ser feito em abril. Com a contribuição extraordinária, os participantes na ativa efetuaram pagamento em dobro. Também os aposentadores passaram a contribuir.

“Enquanto não quita o serviço passado, o Santander destinou R$ 300 milhões para remunerar apenas 64 altos executivos do banco em 2012”, denunciou na assembleia a diretora do Sindicato dos Bancários de São Paulo e coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Santander, Maria Rosani. O banco lucrou R$ 1,766 bilhão no primeiro trimestre deste ano, o que representa 27% do resultado mundial do grupo espanhol.

O conselheiro deliberativo eleito do Banesprev e presidente da Afubesp, Paulo Salvador, reforçou a cobrança que tem feito sobre o ínicio dos estudos para a reestruturação do Plano II, conforme ficou acordado em reunião ocorrida no início de abril, na Previc, em Brasília.

Repúdio

Ao final da assembleia, foi protocolada pelos integrantes da CNAB (Comissão Nacional dos Aposentados do Banespa) uma moção de protesto em relação à presença do executivo-chefe da Rio Bravo Investimentos, Gustavo Franco, em um evento realizado no final de 2011 pelo Banesprev. Ele foi diretor do Banco Central e participou do processo de privatização do Banespa.

Clique aqui para ler a íntegra da moção.

Segundo Herbert Moniz, ele foi um dos algozes do banco, pois “integrou a equipe de ponta do governo FHC que desenhou, pilotou e executou todo o processo de entrega do Banespa”.

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