Após pressão da Contraf-CUT, BNB deposita antecipação da PLR

Anúncio do pagamento da PLR foi feito em seminário na sexta (8)

A Contraf-CUT, em ofício enviado ao Banco do Nordeste do Brasil (BNB) no dia 7 de março, cobrou do banco o adiantamento da segunda parte da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) de 2012, a exemplo de outros bancos federais. No dia seguinte ao envio, no dia 8 de março, o presidente do BNB, Ari Joel Lanzarin, declarou o adiantamento, efetuado na quarta-feira (13).

O anúncio foi feito durante o Seminário sobre os Rumos e Desafios do BNB. Entre os participantes do encontro estiveram, além do presidente do BNB, o presidente da Contraf-CUT, Carlos Cordeiro, o vice-presidente da Contraf-CUT, Carlos de Sousa, e o diretor de RH e TI do banco, Stélio Gama.

“É a primeira vez em sua história que banco fez a antecipação da PLR, uma conquista da pressão feita pela Contraf-CUT, federações e sindicatos. O valor somado de PLR recebida pelos trabalhadores chega a R$ 65 milhões”, afirma Sousa.

O dirigente sindical destaca ainda que o resultado é fruto do modelo de negociação coordenado pela Contraf-CUT e composto por uma comissão de representantes de todos os grandes sindicatos da base do BNB. São eles os sindicatos dos bancários do Ceará, Piauí, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Maranhão, Campina Grande e Alagoas, além da Fetrafi Nordeste, Feeb Bahia e Sergipe, sob a coordenação da Contraf-CUT.

“O processo de unidade tanto nas negociações com sindicatos quanto nas mobilizações das bases do BNB tem resultado em avanços nas conquistas e reivindicações, a exemplo da antecipação da assinatura do acordo coletivo em forma de aditivo no mesmo prazo dos outros bancos e, agora, a histórica conquista da antecipação da PLR, seguindo o exemplo de outros bancos federais”, avalia Sousa.

O seminário, uma parceria entre o BNB, Contraf-CUT, federações e sindicatos, teve como objetivo o balanço sobre o crescimento do banco e estratégias de crescimento para 2013. “Da nossa parte, além de apresentar questões inerentes aos funcionários, o objetivo foi entender o projeto de reestruturação que está sendo implementado pelo banco, de modo a minimizar os efeitos negativos que possa trazer. Queremos garantir ainda que neste processo haja a participação dos trabalhadores”, salienta Sousa.

“É importante lembrar que este seminário foi uma primeira experiência com o objetivo de estabelecer uma conversar franca com presidente do banco. Apesar dos avanços, os trabalhadores precisam manter-se alerta e vigilantes neste momento importante de reestruturação do banco”, afirma o vice-presidente da Contraf-CUT.

Participaram do encontro os Sindicatos dos Bancários do Ceará, Piauí, Paraíba, Pernambuco, Cariri e Belo Horizonte, além da Fetrafi Nordeste. Todos os sindicatos da base do BNB foram convidados a participar do seminário.

Explicações sobre crédito especial

O banco se comprometeu em negociações anteriores a abrir linha de crédito específica para cobrir impacto do empréstimo do desconto da PLR 2011. “A Contraf-CUT pediu ao banco explicações sobre o funcionamento do empréstimo já que recebeu denúncias de que trabalhadores não estão conseguindo fazer a operação por conta da margem consignada. Esperamos uma resposta do banco o quanto antes”, afirma o vice-presidente da Contraf-CUT.

Debate sobre banco público na Contraf-CUT

Tanto Lanzarin quanto Cordeiro pontuaram a importância estratégica do BNB para o fomento do desenvolvimento do nordeste. O presidente da Contraf-CUT convidou o presidente do BNB a visitar a Contraf-CUT para expor a experiência de banco público e seu papel no desenvolvimento regional, fazendo um recorde dos últimos 10 anos. Lanzarin aceitou o convite. Uma data deve ser agendada em breve.

“O Brasil saiu da 8ª para a 6ª posição entre os países mais ricos do mundo, porém, ainda não deixou a posição de 12º país com a pior distribuição de renda do planeta. Precisamos fazer a reflexão deste desafio que está colocado e fazer com que o crescimento se transforme em desenvolvimento econômico com gerações de empregos e renda. E os bancos públicos precisam assumir seu papel neste projeto de país”, afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT.

Mais contratações em 2013

Após reivindicações da Contraf-CUT, o presidente do BNB declarou no seminário a perspectiva de contratar mais 800 funcionários ainda este ano, chegando a 7 mil trabalhadores, com expansão da rede de agências e contratações em todos os estados do nordeste.

“Temos ainda uma outra grande vitória. O BNB se comprometeu a zerar o quadro de funcionários terceirizados do banco”, conclui o dirigente da Contraf-CUT.

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