Acaba nesta segunda o prazo para reserva de ações do Santander

Termina nesta segunda-feira, dia 5, o prazo para que funcionários, clientes e investidores interessados em participar do lançamento de ações do Santander façam suas reservas. Os papéis devem estrear no pregão da Bolsa de Valores de São Paulo nesta quarta-feira, dia 7. O investidor pessoa física pode reservar entre R$ 3.000 e R$ 300 mil em ações que vão ser emitidas pelo banco Santander Brasil.

Empréstimo para funcionários

No caso dos funcionários, o valor mínimo de investimento é de R$ 1 mil. Esse grupo também poderá utilizar condições especiais para subscrição dos papéis por meio de incentivo, que possibilitará mediante requerimento empréstimo com o banco no valor mínimo de R$ 1 mil e máximo de um salário bruto mensal.

Os juros serão de 1% ao ano. Encerrado o período de reserva, o preço das ações será definido em 6 de outubro e os papéis passam ser negociados no Nível 2 da Bovespa no dia 8 de outubro, sob o código SANB11.

O funcionário que participar deverá ficar com as units por ao menos 60 dias, sendo que as despesas de custódia serão arcadas pelo banco caso ele fique com os papéis pelo prazo mínimo de seis meses.

“Faltou novamente a inclusão dos colegas aposentados, responsáveis pela grandeza dos bancos adquiridos pelo Santander no Brasil”, aponta o secretário de imprensa da Contraf-CUT, Ademir Wiederkehr. Ele lembra que quando houve a doação de 100 ações do banco para cada trabalhador, por ocasião do aniversário de 150 anos do Santander, os jubilados também foram esquecidos pela direção do grupo espanhol.

O funcionário deve ter vínculo empregatício com o banco ou qualquer subsidiária no dia 28 de setembro.

“Esperamos que os recursos oriundos da oferta de ações sejam aplicados no Brasil. Exigimos que o banco pare de demitir, acabe com as práticas antisindicais, abre as prometidas 600 agências, melhore as condições de trabalho e o atendimento aos clientes. Queremos que o banco respeite o Brasil e os brasileiros”, ressalta a diretora do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Rita Berlofa.

Reserva de ações

Segundo operadores do mercado, a procura pelas ações tem sido bastante elevada e, assim, são grandes as chances de haver rateio. Isso significa que as pessoas dificilmente irão levar o montante de ações que pretendiam.

O rateio ocorre quando a demanda pelo papel supera o montante que vai ser emitido. Dessa forma, o volume de ações que chegará ao mercado é repartido entre os investidores que fizeram reservas.

Para fazer a reserva, os interessados devem consultar o banco do qual é cliente ou uma das corretoras cadastradas na Bovespa. As corretoras podem ser consultadas no endereço www.bovespa.com.br.

Após fazer a reserva que pretende das ações, o cliente aguarda o encerramento da operação para saber o montante que terá direito de comprar.

A partir do dia em que os papéis estrearem no pregão da Bolsa, os investidores podem comprar a ação livremente, como ocorre com qualquer outro papel negociado no mercado acionário brasileiro.

Como qualquer ação disponível na Bolsa, a do Santander está sujeita a oscilações, que podem gerar tanto ganhos quanto perdas. Não existe garantia de que uma ação irá dar lucro em determinado período.

Para quem quiser aproveitar este último dia e fazer sua reserva, os analistas lembram que é fundamental, antes de qualquer decisão, ler atentamente o prospecto da operação.

O prospecto é o documento que traz todas as características da operação, seus riscos e custos. É possível ler o prospecto da emissão do banco Santander no site da CBLC (entidade responsável pela custódia dos papéis): www.cblc.com.br.

Operação gigante

A operação de lançamento dos papéis pode alcançar os R$ 15 bilhões, segundo estimativas do mercado. O montante exato será conhecido apenas após o encerramento do período de reservas, quando for definido o preço que os papéis terão em sua estreia na Bolsa.

Os coordenadores da oferta estimaram que a ação será lançada em uma faixa de preço que vai de R$ 22 a R$ 25. Quanto mais próximo do teto dessa faixa, maior o volume final da operação.

Essa oferta pode ser a maior do mundo no ano até o momento. Para isso, terá de superar a abertura de capital da construtora chinesa CSCEC, que levantou US$ 7,34 bilhões (o equivalente a R$ 13,07 bilhões).

O Santander já possui ações no pregão da BM&FBovespa. Mas são papéis de baixa liquidez -ou seja, pouco negociados. Se tiver sucesso em sua empreitada, o Santander poderá em breve vir a fazer parte do índice Ibovespa, que reúne as 63 ações mais negociadas.

Com a nova emissão, a instituição financeira pretende ganhar destaque no pregão da Bolsa e competir, em termos de negociação, com seus concorrentes Bradesco, Itaú Unibanco e Banco do Brasil, que são bastante transacionados no mercado acionário.

No mês de agosto, por exemplo, a ação preferencial do Itaú Unibanco foi a terceira mais negociada da Bolsa, ficando atrás apenas das gigantes Petrobras e Vale. Na quinta posição do ranking do mês, apareceu o papel Bradesco PN.

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