Vigilante é baleado em roubo ao Bradesco e morre em hospital no Paraná

Sindicato dos Vigilantes critica força-tarefa da Secretaria de Segurança

O vigilante Adilson Aparecido Gonçalves, de 30 anos, baleado em um assalto à agência do Bradesco, bairro Roça Grande, em Colombo, na região metropolitana de Curitiba, não resistiu e morreu no Hospital Cajuru na tarde desta quarta-feira (25). Ele tentou evitar o ataque de uma dupla fortemente armada que invadiu o banco na manhã desta quarta-feira (25), e acabou sendo atingido quatro vezes, nas costas, nas nádegas e na mão.

Os suspeitos fugiram do local do crime, na Rodovia da Uva, sem levar o dinheiro do banco, e não foram localizados.

Segundo o diretor do Sindicato dos Bancários de Curitiba e representante do Paraná no Coletivo Nacional de Segurança Bancária da Contraf-CUT, Reinaldo Cavalcanti de Oliveira, é uma unidade do Bradesco que funciona em formato de agência de negócios, uma vez que não possui funcionários atendendo nos guichês de caixa. No entanto, continua ocorrendo movimentação de numerário quando um cliente quer sacar ou depositar uma quantia de dinheiro.

Holofote

“Essa força-tarefa criada para coibir assaltos a caixas eletrônicos é apenas um holofote para a Secretaria de Segurança Pública do Paraná [Sesp-PR]. Agora, a gente percebe que a violência é ainda maior, com armas muito pesadas, que nós nem sabemos de onde vem”, desabafou João Soares, presidente do Sindicato dos Vigilantes de Curitiba e Região, em entrevista à Banda B.

Segundo ele, os trabalhadores sentem falta de respostas concretas para esse tipo de situação. “Nós precisamos de mais reuniões e debates com a categoria, porque temos necessidades urgentes. Não podemos perder mais gente assim”, declarou ele.

A força-tarefa da Sesp-PR, citada por Soares, é realizada em parceria com os bancos, empresas fabricantes de explosivos, o exército, a Polícia Militar e Federal. Para o presidente do Sindicato, a ação não intimidou os criminosos ou impediu que eles conseguissem armas pesadas, usadas com frequência nesse tipo de delito.

Sobre essas declarações, a reportagem da Banda B entrou em contato com a Sesp e aguarda o retorno.

O crime

De acordo com o soldado Delgado, da PM, os criminosos estavam disfarçados com peruca e óculos para prejudicar a identificação. “A intenção era mesmo o roubo ao banco porque a informação é que eles estavam em cinco ou seis pessoas, mas não levaram nada, só as duas armas dos vigilantes”, disse ele.

Adilson foi encaminhado ao Hospital Cajuru, em Curitiba, em estado grave, mas não resistiu aos ferimentos. O Sindicato lamentou o ocorrido e prestou condolências à família da vítima.

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