Sindicatos da Feeb RJ/ES se preparam para Campanha Salarial 2008

Reunidos em Penedo, nos dias 13, 14 e 15 de maio, os diretores de sindicatos filiados à Federação dos Empregados em Estabelecimentos Bancários (Feeb RJ/ES) discutiram as estratégias que vão propor para a Campanha Salarial 2008. Esta foi a primeira atividade oficial da campanha e teve a participação de 43 dirigentes. O Dieese foi responsável pela metodologia de trabalho do evento e pela parte técnica, com apresentações sobre conjuntura econômica e estrutura do sistema financeiro nacional. Do escritório do Rio de Janeiro participou Adhemar Mineiro e da subses-são Bancários do Seeb-SP, Marcel Souza. Toda a organização do evento ficou a cargo da Secretaria Geral da Federação.

Veja depoimentos de dirigentes dos sindicatos:

“Mais uma vez, a parada vai ser dura. Tradicionalmente, os banqueiros fazem de tudo para não atender às nossas reivindicações. Nós temos, como dirigentes sindicais, que debater e procurar uma fórmula para conseguir uma maior mobilização dos bancários. A presença nas assembléias tem caído nos últimos anos, o bancário fica na expectativa de reajuste e PLR maiores, mas não vai para a luta, não discute a sua campanha salarial. O desafio dos dirigentes sindicais é a mobi-lização. Caso as negociações, como sempre acontece, emperrem, é muito difícil uma greve forte de bancários com o grau de mobilização que nós temos hoje. Não fazemos paralisações que pre-judiquem os patrões. Temos que buscar uma fórmula para, caso seja necessário, fazermos uma greve que dê prejuízo aos banqueiros.”
Jorge Valverde – Presidente do Seeb-Angra dos Reis

“A Campanha Salarial de 2008 vai ser atípica. Temos ouvido reclamações de que o nosso vale-alimentação não atende às necessidades que atendia, o valor dos produtos da cesta básica au-mentou, então temos uma perda específica maior na cesta alimentação. Vamos ter que discutir esta questão de forma diferenciada, temos que jogar um peso maior no valor do nosso vale-alimentação. As perdas gerais que temos estão em pouco mais de 4%, mas na cesta alimenta-ção esta perda é mais alta. A discussão vai ter que ser diferenciada: índice geral é uma coisa, cesta alimentação é outra. A negociação vai ser um pouco mais complexa que as anteriores, em que a gente unificava tudo. Vamos precisar de maturidade e seriedade para desmembrar alguns pontos, ou o índice geral pode puxar estes outros requisitos para baixo. É preciso bater com mais força na cesta-alimentação e na PLR.”
Pedro Fraga – Coordenador do Seeb-Baixada Fluminense

“Estou otimista quanto a esta campanha salarial, em virtude do debate que já estamos travando desde 2007 para a valorização do piso salarial. Este é um dos principais pontos para começar-mos a ter uma real valorização do trabalhador bancário.”
Vitor Renato – Presidente do Seeb-Campos

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