Sindicato dos Bancários de São Paulo reivindica implementação do teletrabalho no BB

Diante da decisão da direção do Banco do Brasil de considerar terminada a pandemia do coronavírus – levando em conta os comunicados internos de convocação dos trabalhadores ao trabalho presencial –, o Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e região encaminhou, na segunda-feira 11, ofício notificando o banco sobre a necessidade de urgência para implementação do regime de trabalho em home office, cujas premissas já foram contempladas em acordo especifico assinado entre o BB e a Contraf-CUT.

No comunicado enviado aos funcionários, o banco faz menção ao compromisso de cumprimento dos protocolos de segurança e saúde, previstos na legislação e no Manual do Trabalho Presencial interno da empresa, no qual os trabalhadores são orientados a evitar o horário de pico no transporte público para o trabalho, bem como a possibilidade de flexibilização e redução da jornada de trabalho em uma ou duas horas para quem trabalha, respectivamente, seis ou oito horas. Em face disto, o Sindicato reivindica o escalonamento dos horários de chegada dos funcionários que trabalham nos departamentos de prédios.

Nesse mesmo manual, além de preconizar o retorno do trabalho presencial de forma gradual, considerando o momento da pandemia, o banco comete o ato falho de orientar que ‘sempre que a natureza do trabalho permitir, parte dos funcionários de uma mesma equipe poderá permanecer em trabalho remoto, preservando-se o maior número possível de indivíduos e evitando-se a eventual contaminação de todas as pessoas de uma mesma área’, também motivo pelo qual corrobora a notificação enviada pelo Sindicato ao banco para a imediata implementação do teletrabalho.

Durante a semana do dia 4 de outubro, o Sindicato reuniu-se com funcionários e gestores dos prefixos vinculados à Diretoria de Operações em São Paulo, a fim de assegurar que o banco ao menos faça cumprir os protocolos de segurança aos quais se comprometeu com o funcionalismo, principalmente quanto à fiscalização pela GEPES, SESMT, Cipa e movimento sindical.

“A situação se torna mais complicada quando a própria empresa não se compromete consigo, com seus próprios compromissos, e com os funcionários, porque gera muita insegurança e prejudica sobremaneira a confiança entre todos no banco, que deve ter o cuidado com o joguete de palavras, já que tratam-se de vidas”, disse o representante da Fetec-CUT/SP na Comissão de Empresa dos Funcionários do BB (CEBB), Getúlio Maciel.

Getúlio Maciel, representante da Comissão de Empresa BB e dirigente sindical do Fetec-CUT/SP

O Sindicato reafirma a cobrança para que o banco faça valer os compromissos de segurança, profilaxia, saúde e preservação da vida dos funcionários e suas famílias, não só nos locais de trabalho, mas também indicando as áreas, equipes e funções que já podem ter assegurado o trabalho remoto.

“O trabalho presencial nos prédios do BB também tem se mostrado incompreensível, uma vez que, até agora, a empresa vem obtendo ganho de produtividade e redução de custos, e já há tecnologia necessária para manutenção do home office. Tal medida só pode dialogar com uma atitude político-ideológico negacionista do governo Bolsonaro, que coloca em risco à vida da população brasileiro como um todo”, disse o dirigente da Fetec/SP.

Fonte: Seeb SP

Compartilhe:

Compartilhar no facebook
Facebook
Compartilhar no twitter
Twitter
Compartilhar no whatsapp
WhatsApp
Compartilhar no telegram
Telegram