Sindicato dos Bancários de Pernambuco dialoga com a categoria sobre invisibilidade racial nos bancos

Para celebrar o mês da Consciência Negra, o Sindicato dos Bancários de Pernambuco visitou nesta segunda-feira (22), seis agências bancárias localizadas no bairro da Boa Vista, Centro do Recife, para dialogar com os bancários e clientes sobre a problemática da invisibilidade das pessoas negras no sistema financeiro brasileiro.

A atividade contou com a participação da Escola Cultural Engenho Muribeca, que apresentou a capoeira D`Angola e Regional no interior das agências da Caixa Econômica Federal, Banco do Nordeste, Bradesco, Santander, Itaú e Banco do Brasil. "A capoeira relembra a história dos negros no Brasil, que teve grandes avanços. Apesar do atual contexto político, não podemos retroceder", disse o contra-mestre de capoeira Ben Johnson.

Segundo o secretário de Administração do Sindicato, Geraldo Times, a apresentação cultural foi escolhida por ser um símbolo de resistência. "A capoeira representa a resistência negra, que deve perdurar. Hoje vivemos novamente um momento de resistência contra as ameaças aos direitos dos trabalhadores", afirma.

De acordo com o último Censo da Diversidade, produzido pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) em 2014, apenas 24,5% dos trabalhadores dos bancos brasileiros são negros. A constatação do Censo é confirmada pelo office-boy Rildo Freitas, que frequenta diariamente os bancos do Recife. "É muito difícil ver um negro nos bancos. Eu já cheguei a questionar a ausência de negros nas agências. Então, acho importante que o Sindicato se preocupar com a inclusão", diz.

O Dia da Consciência Negra foi comemorado no dia 20 de novembro, data em que o líder do Quilombo dos Palmares, Zumbi, foi assassinado quando lutava em defesa de seu povo.

 

 

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