Sindicato de Bras¡lia protesta contra nova campanha do Banco do Brasil

 

(São Paulo) O Sindicato dos Bancários de Brasília realizou, nesta quinta-feira (4 de janeiro) ato contra a nova campanha publicitária do Banco do Brasil em frente à sede da instituição. O objetivo da ação foi protestar contra a tentativa de descaracterizar o banco, que está mudando a fachada de 300 agências em dez estados, pelos próximos 30 dias.

 

A campanha coloca nomes de clientes no site e na fachada das agências. O Sindicato levou faixas com os dizeres: “O Banco do Brasil é do Brasil” para colocar sobre a nova fachada e afirmar o caráter público.

 

Foto: Valter Campanato/ABr

 


Para Miriam Fochi, diretora do Sindicato de Brasília, teme início de um processo de privatização

 

A ação ocorre um dia depois da divulgação de um artigo-manifesto assinado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e outras entidades associadas na luta em defesa do valor do Banco do Brasil enquanto bem público.

 

“É preciso resgatar e manter a percepção de que o Banco do Brasil é um patrimônio do País e não uma instituição privada de quem quer que seja”, defende Miriam Fochi, secretária de Políticas Sindicais do Sindicato dos Bancários de Brasília. “O Banco deveria estar mais preocupado em atuar dentro dos interesses públicos, fomentando o desenvolvimento e o crescimento”, completa.

 

Se, para o Banco, a campanha é uma forma de estar mais próximo do público, para os bancários, significa o início de uma tentativa de privatização. “A gente sabe que a privatização de uma empresa pública começa com a mudança do nome, mas não sabe, se por trás dessa campanha, que aparentemente é para aproximar o Banco do Brasil do público, não tem uma segunda intenção de privatização”, disse a secretária de Políticas Sindicais do Sindicato, Miriam Fochi.

 

Foto: Valter Campanato/ABr


Sindicato de Brasília colocou faixas sobre a nova fachada da agência na sede do BB.

Para o Sindicato, designar o Banco do Brasil como Banco do João ou Banco da Maria transmite a idéia de que a empresa é privada. “A campanha passa uma idéia de algo privado, e não público. É a descaracterização de uma marca que tem quase 200 anos, e não vamos abrir mão dela. O banco é do Brasil, é do povo brasileiro, e assim ele deve continuar”, afirmou.

Ainda em Brasília, deve ocorrer nesta quinta-feira, reunião com o presidente interino do BB, Antonio Francisco de Lima Neto, para entregar um documento condenando a campanha.

 

Fonte: Contraf-CUT, com Agência Brasil

 

 

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