Sindicato de Belo Horizonte reage contra demissões no BMG

O Sindicato dos Bancários de BH e Região realizou nesta segunda-feira 29 de dezembro um ato em defesa do emprego em frente à sede do BMG, na avenida Álvares Cabral, no bairro Santo Agostinho, na capital mineira.

Somente nos últimos dois meses, o maior banco de crédito consignado do País colocou no olho da rua mais de 90 funcionários, deixando em dificuldade dezenas de famílias. Além disso, tem abusado da truculência ao impedir a filiação dos seus trabalhadores ao Sindicato e a entrada dos diretores da entidade em suas dependências, numa total falta de respeito à democracia e ao livre direito de manifestação dos bancários. Por trás da demissão em massa está a política de terceirização e de precarização do trabalho adotada pelo banco.

Apesar de colocar a culpa na crise econômica internacional, o BMG não tem nenhum motivo para demitir. Prova disso é que fechou o ano de 2007 com um lucro de R$ 507,59 milhões e até o primeiro semestre de 2008 com um lucro R$ 151 milhões de reais. Mesmo com estes lucros exorbitantes, o BMG insiste com sua política de demissões. O banco não reconhece que os seus funcionários são os principais responsáveis pelo crescimento deste patrimônio e insiste com sua política desumana de demissões. Em virtude do banco demitir em massa, o Sindicato não tem feito as homologações dos bancários demitidos obedecendo o que reza CLT e a Constituição brasileira.

Diante disso, o Sindicato foi às ruas para denunciar essa atitude intransigente do BMG e exigir abertura imediata de negociação com a direção do banco. Durante o ato o diretor do banco Nélio Brant, chamou a Polícia Militar para intimidar a manifestação dos bancários. Para o diretor do Sindicato Fernando Neiva, nada justifica a forma autoritária com que o banco vêm demitindo os bancários. “Não podemos aceitar esse presente de mau gosto, um pacote de demissões em pleno natal. Tomaremos todas as medidas cabíveis para impedir essa decisão unilateral e truculenta que tem prejudicado a vida dos funcionários e de suas famílias atingidas pelo desemprego.”

Para o presidente do Sindicato, Cardoso, o BMG não pode continuar se escondendo atrás da crise financeira mundial. Os lucros do banco este ano mostram claramente que não há motivos para demissões. “Exigimos que o BMG venha para a mesa de negociações explicar este ato violento contra os trabalhadores. As demissões não serão aceitas, e enquanto o banco não se dispor a entra em um acordo, o sindicato continuará com a pressão na porta do BMG.

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