Sindicato cobra mais segurança para bancários e clientes

A situação de insegurança que toma conta do Rio de Janeiro, atinge também os bancários, com o aumento no número de assaltos a bancos e explosões de caixas eletrônicos. Só nos dois primeiros meses deste ano, foram seis casos. 
O assalto a uma agência do Santander, em Madureira, no início deste mês, em que bandidos mantiveram 30 reféns e duas pessoas morreram: um cliente, policial militar reformado e um dos assaltantes, mostra que a situação é grave. 
Em 2017, o número de agências que sofreu ações de bandidos cresceu 43%, saltando de 42 para 60 casos. 
“Não podemos achar que é normal que uma pessoa saia de casa para trabalhar no banco, ou para pagar sua conta numa agência, corra o risco real de não voltar para casa. A situação de medo toma conta de toda a população, mas no caso específico de nossa categoria, os banqueiros têm dinheiro e condições de melhorar a segurança para proteger as vidas, mas eles só pensam em resguardar o dinheiro”, critica o diretor do Sindicato André Spiga, que é membro do Coletivo Nacional de Segurança Bancária.  

Bancária morre no ABC
O problema ocorre em todo o país. Em São Bernardo do Campo, no ABC Paulista, câmaras de segurança registraram uma tentativa de assalto a uma agência do Banco Mercantil do Brasil (BMB), que resultou na morte de uma bancária. Segundo a polícia, o disparo teria saído de um vigia da unidade.
Um dos bandidos rendeu um vigilante. O outro tenta fazer a mesma coisa, mas enfrenta resistência. Durante a luta, o vigia cai e dispara, atingindo o criminoso. Na confusão, colegas do vigilante tentam dominar o outro ladrão, que também é baleado. Assustados, os clientes se protegeram debaixo das cadeiras. No meio da confusão, a funcionária do banco, Michelle Bertoloni, de 27 anos, foi atingida nas costas por um tiro e morreu.
No Rio Grande do Sul, o uso de explosivos em ataques a bancos cresceu de forma assustadora nos primeiros dois meses de 2018 em relação ao mesmo período do ano passado, chegando a 18 casos, um crescimento de 225% em relação aos oito registrados no mesmo período do ano passado.
“Mais do que nunca, a segurança bancária é uma prioridade na campanha nacional deste ano, em função do crescimento assustador da violência e dos ataques de bandidos às agências bancárias. Não dá para aceitar que o setor mais lucrativo do país continue a fazer vista grossa diante da insegurança que apavora bancários e clientes”, afirma a presidenta do Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro, Adriana Nalesso. 

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