Sem plano odontológico, BB e bancários abrem debates sobre saúde e PCCS

Os bancários apresentaram nesta quarta-feira (3), em Brasília, ao Banco do Brasil a lista de reivindicações com as linhas gerais e os subtemas relativos ao Plano de Carreira, Cargos e Salários (PCCS) e sobre saúde e condições de trabalho, dando início às discussões das mesas temáticas, de acordo com o calendário de negociações definido com o BB para 2010. Os encontros foram realizados em separado. O PCCS foi discutido pela manhã; saúde e condições de trabalho foram objetos da reunião da parte da tarde.

O banco não deu qualquer satisfação por descumprir termo de compromisso prevendo a implantação, até final de janeiro, do plano odontológico. “A direção do Banco do Brasil insiste numa postura irresponsável e que desrespeita o funcionalismo e que não iremos aceitar”, afirma Marcel Barros, secretário-geral da Contraf-CUT e coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionário do BB. O Sindicato dos Bancários de Brasília já havia entrado com denúncia no Ministério Público do Trabalho na terça-feira (2).

Os integrantes das mesas temáticas expuseram todos os itens da pauta do funcionalismo. Sobre o PCCS, a distribuição da gestão de pessoas do BB em diretorias distintas (Dipes, Direo e Dired), ponto de discordância entre o movimento sindical e o banco, foi um dos principais assuntos tratados na reunião sobre o tema. Da forma estabelecida, esse tipo de gestão dificulta e trava o processo negocial.

“Demos o primeiro passo, com o início dos debates específicos sobre o PCCS e saúde e condições de trabalho. Agora é hora de nos mobilizarmos para pressionar o banco a apresentar até o prazo final das negociações, em 30 de junho deste ano, propostas efetivas e que contemplem nossas reivindicações”, ressaltou Eduardo Araújo, diretor do Sindicato dos Bancários de Brasília e integrante da Comissão de Empresa, que participou da rodada de negociações do PCCS.

As premissas para as discussões da mesa temática sobre uma nova estrutura salarial no BB foram definidas em plenária nacional dos dirigentes sindicais da instituição financeira, realizada pela Contraf-CUT em 15 de dezembro último, em São Paulo. Ali também foi estipulado o calendário das negociações para este ano, incluindo o da mesa permanente.

O cumprimento da jornada de 6 horas também esteve em pauta da manhã, mas o BB se limitou a dizer que vem realizando estudos sobre o tema e que até a data final do calendário das negociações irá apresentar uma proposta ao funcionalismo.

Bancários e BB voltam a se reunir no dia 3 de março, quando serão debatidas de forma mais detalhada questões como TAO (o programa de talentos e oportunidades do BB), GDC, GDP, certificação, alçadas de comissionamento e descomissionamentos, seleção interna e qualificação profissional, entre outras.

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Nada de plano odontológico

À tarde, foram abertas as discussões da mesa temática sobre saúde e condições de trabalho. O início dos diálogos mostrou a extensão da pauta que será debatida ao longo do semestre e a importância dos trabalhadores se mobilizarem para assegurarem as conquistas desejadas.

Os dirigentes sindicais explanaram as reivindicações da categoria dentro dos temas expostos, mas nada foi aprofundado e outras questões de interesses dos bancários ficaram de fora, como o plano odontológico, cujo prazo para implantação expirou em janeiro. “O banco sequer tratou do plano odontológico, mas nós vamos continuar lutando por essa bandeira”, afirmou Eduardo.

Outra reunião ficou pré-agendada para acontecer ainda no mês de fevereiro. Na pauta, o debate do PCMSO e dos exames periódicos, o Programa de Prevenção de Acidentes de Trabalho, a reimplantação dos SESMT e o plano odontológico.

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