SEEBF-PI debate sobre questões que afetam as mulheres

Atividade amplia a reflexão sobre o “outubro rosa”; secretária da Mulher da Contraf-CUT fez parte da mesa de discussões

Mais uma atividade dentro da programação do Outubro Rosa do Sindicato dos Bancários do Piauí (SEEBF-PI) ampliou o debate sobre questões pertinentes à situação da mulher no mundo contemporâneo. Com rodas de conversa e mostra de arte feminina (dia 17/10), no clube da APCEF Piauí, o evento trouxe à tona o debate sobre valorização no mercado de trabalho, políticas preventivas de feminicídio, e mulher negra no mercado de trabalho.

A secretária de Mulheres do SEEBF-PI, Lusemir Carvalho, ressalta que as palestras ampliam o debate levando informação para fortalecer ainda mais o empoderamento feminino.

“As palestras abordaram temas importantíssimos. Sobre a valorização da mulher no mercado de trabalho, a gente já conquistou muito, mas ainda temos muito por conquistar. Temos que lutar muito para que haja igualdade. Na questão salarial é a mesma coisa, geralmente as mulheres ganham menos que os homens, mesmo estando na mesma função. Com relação à mulher negra essa realidade é ainda mais cruel. É uma questão cultural e temos que nos empoderar, ainda mais, para tentar mudar essa situação. A ferramenta principal dessa transformação é a informação”, afirmou Lusemir.

A vice-governadora Regina Sousa abordou a temática da mulher negra no mercado de trabalho, ressaltando que o racismo é uma questão cultural que precisa ser vencida. “Via de regra, a mulher negra ganha menos que a mulher branca. Não precisa de nenhuma teoria, basta entrar num banco privado. Isso é muito visível, porque o Brasil é um país racista que ainda não conseguiu apagar as mazelas da escravidão. O rico de hoje acha que o negro é para ir pra cozinha, não pode ascender no mercado, não pode se igualar a ele. Essa questão é difícil de se desconstruir, mas já tivemos alguns avanços. A questão da paridade, da legislação eleitoral, tem avanços, mas muito lentos. Precisamos fazer esse tipo de debate para poder avançar, disse Regina Sousa.

A delegada de feminicído, Luana Alves, destacou que a violência contra a mulher já foi algo justificável na sociedade como “defesa da honra”, e que hoje o combate é contra uma cultura do machismo. “Hoje o combate é contra uma cultura de submissão da mulher, que determina que alguns comportamentos sejam julgados. Vejo com muita felicidade esse momento de enfrentamento de toda essa violência. No entanto, ainda não é um momento ideal, porque mulheres ainda morrem pelo fato de serem mulheres. Incomoda o comportamento de libertação, quando a mulher não quer mais se subjugar ao machismo de nossa sociedade. Vamos encerrar o ciclo da violência, fortalecer as delegacias da mulher, ensinar o que é um relacionamento abusivo, mostrar para toda a sociedade o mal que o machismo causa”, ressaltou Luana.

A secretária de Mulheres da Contraf-CUT, Elaine Cutis, destacou a importância do Censo da Diversidade, lembrando que a categoria bancária é a única que tem uma mesa de negociação permanente sobre questões de diversidade e igualdade de oportunidades no mercado de trabalho. “A gente poder construir uma ‘agente’ da diversidade no local de trabalho, aquela pessoa que vai começar a fomentar o debate nos espaços de trabalho, que vai estar sensível a essa causa, identificar as situações e denunciar. Porque só teremos a valorização da mulher, quando a gente conseguir romper essa cultura do machismo. Esse é também um grande desafio do movimento sindical”, enfatizou Elaine.

O presidente do SEEBF-PI, Odaly Medeiros, ressaltou mais uma vez o engajamento do sindicato em campanhas de valorização da saúde da trabalhadora. “Essa é uma corrente do bem e queremos envolver o máximo de pessoas possíveis. Conscientizar as pessoas, podermos contribuir com essa transformação. Debater a discriminação e as desigualdades em relação à mulher no mercado de trabalho. Essa campanha tem trazido bons resultados. O sindicato está presente, trabalhando políticas em defesa da vida, e assim continuaremos trabalhando”, disse.

Fonte: SEEBF-PI

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