São Paulo: Medo de novos assaltos assombra o Campo Limpo

“Depois do que vi na segunda-feira, prefiro não falar sobre esse assunto. É lamentável, não vou esquecer aquilo.” Com medo de falar sobre o assalto na agência do Banco do Brasil na Estrada do Campo Limpo, que aconteceu na segunda-feira, dia 24, o comerciante vizinho à agência deixa transparecer sua revolta com a falta de segurança no local.

Durante o assalto no dia 24, o segurança do auto-atendimento da agência, Marcelo José Assis de Jesus, de 36 anos, foi baleado e morreu. Dirigentes do Sindicato estiveram no local e a agência permaneceu fechada até terça-feira.

Os comerciantes e a população dos bairros da região temem novos assaltos, reclamam da falta de policiamento na porta das agências e defendem a instalação de portas de segurança antes do auto-atendimento. O estoquista Wesley Tiago da Silva acha que as portas logo na entrada dos bancos inibem a ação dos bandidos.

No ponto de ônibus em frente ao local, a atendente de telemarketing Shirley dos Santos diz ter medo de ser assaltada toda vez utiliza os caixas eletrônicos. “Qualquer um pode entrar ali com uma arma e espera você sacar o dinheiro. Todo mundo sabe que as portas são justamente para garantir a nossa segurança e também a de quem trabalha nos bancos.”

Tensão – Uma garota de 14 anos que trabalha em uma banca de bolsas em frente à agência relatou os momentos de tensão que viveu. “Eu estava trabalhando e quando percebi o barulho dos tiros saí correndo, virei a esquina e entrei em uma loja. Depois voltei, vi o tumulto e o segurança ferido, muito sangue. Não vou esquecer tão cedo do que aconteceu. Agora venho trabalhar com medo todos os dias”, relata. Sobre as portas de segurança, a menina diz que vale a pena tirar os objetos da bolsa quando a porta detecta algum metal, pois sua segurança é que está em jogo.

A comerciante Vera Lúcia também trabalha em frente à agência e ressalta a importância das portas. “A violência é tão grande que trabalhamos com medo, tensos, por isso deve haver portas de segurança na entrada do banco, para intimidar os ladrões, assim teremos um pouco de paz aqui na rua”, desabafa.

O cozinheiro Genivaldo Soares, morador do Jardim Rosana, também é a favor das portas de segurança e quer vê-las antes do auto-atendimento. “Além disso, tem de ter mais polícia na rua, não se vê muita polícia por aqui para garantir a segurança da população”, reclama.

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