Salvador: Bancários são chamados para contribuir com desabrigados

Temporais atingem a capital baiana há quatro dias

Imagem ilustrativa

Os temporais, com chuvas intensas, que atingem a cidade de Salvador há quatro dias alagam a cidade e já causaram dezenas de desabamentos. Sirenes de alerta foram acionadas em 14 localidades entre terça (26) e quarta-feira (27), orientando os moradores a deixarem suas casas e se abrigarem em um local seguro. Pelo menos uma pessoa morreu após deslizamento de terra.

Segundo a Defesa Civil do município (Codesal), o acumulado de água no mês ultrapassou 319 mm. Dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) apontam que esse é o novembro mais chuvoso desde 1961.

“Com as mudanças climáticas, que estão ocorrendo em consequência da ação irresponsável da humanidade, e a falta de políticas públicas preventivas, estas tragédias se tornam mais constantes. As comunidades mais carentes sempre são as mais atingidas”, observa o coordenador do coletivo de solidariedade da Contraf-CUT, Almir Aguiar. “Precisamos mudar nossa forma de vida e reduzir nosso consumo para tentar reverter os prejuízos que causamos à natureza. Mas, em situações de emergência como esta, temos que ser solidários. Não podemos nos omitir”, completou, ao informar que vai “acionar o coletivo de sindicatos solidários filiados à Contraf-CUT e entidades parceiras para definir o envolvimento da categoria e das suas entidades de representação no auxílio às vítimas de mais esta tragédia, conforme a gente tem feito em outras ocasiões”.

Sindicatos cidadãos

Almir explica que as entidades sindicais filiadas à Contraf-CUT atuam como sindicatos cidadãos. “Fazemos a chamada luta corporativa, em defesa dos direitos e interesses das categorias que compõem o ramo financeiro (bancários, financiários e trabalhadores de cooperativas de crédito), mas temos nossa responsabilidade social e política. Por isso, também realizamos ações assistenciais em casos de emergência, como é o caso de Salvador, e como fizemos no Rio Grande do Sul e durante a pandemia de covid, e também em defesa da democracia e de direitos de toda a população. Por isso, dizemos que nossas entidades são ‘sindicatos cidadãos’”, explicou.

As ações que serão tomadas pela Contraf-CUT e pelas federações e sindicatos a ela filiadas ou parceiras ainda não foram definidas. “Normalmente são doações de roupas, produtos de higiene pessoal e de limpeza, alimentos não-perecíveis e até recursos financeiros. Mas isso depende do que a defesa civil local definir como itens necessários no momento, com doações e política de distribuição coordenada pela entidade local, que, no caso, é o Sindicato dos Bancários da Bahia e Região”, disse. “Mas sequer falamos ainda com o sindicato para definir a política de auxílio que vamos adotar. Vamos fazer isso, se possível ainda hoje”, disse.

O vereador e ouvidor-geral da Câmara Municipal de Salvador, Augusto Vasconcelos (PCdoB), que é bancário e presidente licenciado do Sindicato dos Bancários da Bahia, divulgou nota pedindo para que a população encaminhe suas demandas à Ouvidoria da Câmara pelo WhatsApp (71) 99631-4499 ou pelo e-mail [email protected]. O atendimento inclui o registro, encaminhamento às autoridades competentes, acompanhamento e retorno aos solicitantes.
 

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