Renovação e disposição de luta marcam abertura do 26º Conecef

Parcela expressiva dos 391 delegados inscritos ao 26º Congresso Nacional dos Empregados da Caixa (Conecef) participam pela primeira vez do evento. Muitos são bancários com menos de um ano na empresa.

Ao mesmo tempo em que recebe oxigênio novo, o Congresso preserva também a experiência dos lutadores de longa data, muitos dos quais com participação em todas as edições do evento. O encontro de gerações fortalece a organização e a disposição de luta para a campanha salarial deste ano, fato evidenciado já na abertura solene do 26º Conecef, realizada na tarde desta sexta-feira, em São Paulo.

O presidente da Fenae, Pedro Eugenio Leite, lembrou o aniversário de 39 anos da entidade, neste sábado, dia 29 de maio, e afirmou ser “motivo de alegria saber que a federação marcou presença nas mesas de abertura das 26 edições do Concef, sempre se dirigindo aos trabalhadores e trabalhadoras da Caixa”.

Pedro Eugenio destacou ainda o crescimento da participação feminina no congresso, citando como exemplo a delegação do Rio Grande do Sul, que já atingiu 50% de mulheres.

Além do presidente da Fenae, integraram também a mesa de abertura do 26º Conecef o presidente da Fenacef, Décio Carvalho, o presidente da Contraf/CUT, Carlos Cordeiros, o diretor eleito da Funcef, Carlos Caser (representando a Fundação), a executiva da Caixa, Maria Salete Cavalcante (representando a empresa), mais os representantes de quatro centrais sindicais (CUT, CTB, Intersidical e Conlutas) e todos os 11 componentes da Comissão Executiva dos Empregados (CEE-Caixa).

A crise econômica que afeta paises europeus e provoca instabilidade mundo afora, o momento político brasileiro e os desafios para o movimento dos trabalhadores foram temas centrais nas intervenções da solenidade de abertura do congresso e nos debates sobre a conjuntura e o papel da Caixa no desenvolvimento social do Brasil. Em termos de questões específicas a serem enfrentadas no âmbito da Caixa, os destaques foram a reestruturação unilateral promovida pela Caixa e a exigência de isonomia de direitos entre empregados novos e antigos.

A indignação dos empregados face à reestruturação em curso na Caixa foi expressa também em abaixo assinado com três mil subscrições entregue à representante da Caixa pela gerente da Ret/PV Imirim, Rebeca Furquin. Confira, a seguir, os termos do documento de iniciativa dos empregados daquela unidade:

“Nós, abaixo-assinados, empregados da Caixa, entendemos que a condução do processo de reestruturação em curso contraria os ditames da responsabilidade social e empresarial, na medida em que traz como conseqüência uma perturbadora incerteza acerca da manutenção dos locais de trabalho, das remunerações e das possibilidades de carreira. Esta medida, implementada de forma unilateral, prejudica de modo contundente o clima organizacional, trazendo reflexos em nosso cotidianos desde os seu anúncio. Por isso, vimos por meio deste, reivindicar a imediata suspensão do processo de reestruturação iniciado pela empresa até que seja esclarecido o rumo das áreas afetadas e de seus empregados, assim como abertura de diálogo entre a Caixa e seus empregados antes da retomada do processo”.

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