Redução de jornada e isenção de IR são principais pautas neste 1º de Maio
Movimento Sindical
Lutas históricas e novas reivindicações estarão em pauta em atos dos trabalhadores que serão realizados em todo o país

“O 1º de Maio surge com a luta da classe trabalhadora por redução de jornada. Naquela época, eles lutavam para ter 8 horas de jornada de trabalho, 8 horas para descanso e 8 horas para a família, para o lazer, para o estudo. Essa luta persiste até hoje”, recorda a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e vice-presidenta da CUT Brasil, Juvandia Moreira.
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“Estamos numa luta por redução de jornada, sem redução dos salários! Em lei, temos uma jornada de 44 horas semanais e algumas categorias têm uma escala perversa, de 6x1. Trabalham 6 dias na semana e descansam somente um. Ou seja, não têm muito tempo para a família, para o lazer, não têm tempo para estudar. Vivem extenuados, estressados e inclusive produzem menos”, ressaltou a dirigente da Contraf-CUT, ao convidar todas as trabalhadoras e trabalhadores a se engajarem na luta pela aprovação do projeto que reduz a jornada para 40 horas semanais e pelo fim da escala 6X1.
Isenção de IR
Juvandia lembra que outra luta muito importante nesse 1º de Maio é a distribuição de renda e redução da desigualdade no país. “Uma das formas de conseguirmos isso é isentando de imposto de renda aquele que ganha menos, aquele trabalhador que sua renda só dá mesmo para pagar suas contas. Aquele que não tem espaço para poupança, não tem riqueza. Esse trabalhador tem que ser isento do imposto de renda e o presidente Lula mandou para o Congresso um projeto para isentar quem ganha até 5 mil reais. É um excelente projeto, que precisa da nossa mobilização para passar no Congresso”, explicou a presidenta da Contraf-CUT, ressaltado que o projeto também prevê a redução do imposto de quem ganha de 5 mil até 7 mil e a cobrança de um imposto mínimo para quem tem renda superior a R$ 600 mil/ano.
“Temos uma outra demanda da classe trabalhadora, que é a isenção do Imposto de Renda na PLR (Participação nos Lucros e Resultados)”, disse. “Veja os milionários, os ricos, super-ricos que recebem lucros e dividendos, eles não pagam nada de imposto de renda, mas nós trabalhadores recebemos nossa participação nos lucros e pagamos. Queremos incluir a isenção do imposto de renda na PLR no projeto de lei. E essa é uma disputa que nós temos que fazer no Congresso Nacional. Para isso, os super-ricos, aqueles que ganham mais de um milhão de reais, eles têm que pagar imposto”, completou.
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Para Juvandia, “não tem cabimento que um bancário, um professor, um enfermeiro, uma enfermeira paguem uma carga tributária de 9,5%, 10% e os super-ricos, que recebem mais de um milhão por ano, não paguem nada.”
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