Protesto em Porto Alegre denuncia fraudes no registro da jornada na Caixa

Empregados levaram relógio para despertar presidente da Caixa

Os empregados da Caixa Econômica Federal realizaram uma série de manifestações em todo o País na quarta-feira, dia 4, para denunciar a extrapolação da jornada, o trabalho gratuito e outros tipos de fraudes. Em Porto Alegre, o ato ocorreu na Praça da Alfândega, em frente ao Edifício Querência, no centro da cidade.

Um despertador ficou tocando para tentar acordar o presidente da Caixa, Jorge Hereda, de forma que a direção da empresa adote medidas eficazes pela marcação correta da jornada e pelo pagamento integral de todas as horas trabalhadas.

O empregado da Caixa e diretor de Esportes, Cultura e Lazer do SindBancários, Tiago Vasconcellos, pediu que todos os funcionários marquem o ponto assim que entrarem e saírem das unidades, mesmo se fizer horas extras, e lembrou que o não registro prejudica somente os trabalhadores. “Além de não receber o adicional, como 13º, férias, FGTS, INSS e contribuição para a Funcef, o funcionário acaba omitindo a falta de pessoal nas unidades”, alertou Tiago.

“A Caixa assumiu diversos projetos fundamentais para o desenvolvimento do Brasil, como o Bolsa Família. O problema é quando a população tenta ter acesso a esses projetos e conhece o dia-a-dia das agências, com um atendimento demorado causado pela falta de empregados”, avaliou o empregado da Caixa e diretor de Formação do SindBancários, Francisco de Assis Magalhães, o Chico.

Chico ainda lembrou que a situação caótica é culpa da Caixa, já que os trabalhadores se esforçam e, se não ficam no banco além da jornada, precisam chegar antes para dar conta de toda demanda.

Para a empregada da Caixa e diretora do SindBancários, Maristela da Rocha, é inadmissível que uma empresa estatal prejudique os trabalhadores dessa forma. “Receber pela hora trabalhada é lei e nosso direito”, afirmou.

“A campanha dos trabalhadores da Caixa pelo cumprimento correto da jornada é uma campanha permanente”, explicou o empregado do banco e diretor da Fetrafi-RS, Devanir Camargo da Silva. Ele ainda recordou que a sobrecarga de trabalho, ocasionada pela falta de pessoal, acaba ocasionando, nos empregados, uma condição precária de saúde. “Os colegas precisam se unir para revertermos essa situação”, defendeu.

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