Proteção ao emprego é foco da 4ª Reunião de Redes de Bancos Internacionais

A proteção ao emprego e aos direitos dos trabalhadores frente à crise financeira internacional é a principal preocupação dos dirigentes sindicais presentes na 4ª Reunião Conjunta das Redes Sindicais de Bancos Internacionais, que está ocorrendo hoje e amanhã (21) na sede da Contraf/CUT, em São Paulo.

O encontro visa promover a integração das ações sindicais internacionais entre Américas e Europa, organizando os bancários dos bancos estrangeiros e multi-latino. Participam representantes de Itaú, Santander-Real, HSBC, Unibanco, BBVA e Banco do Brasil.

O foco das discussões durante a mesa de abertura, ocorrida nesta manhã, foi a crise financeira e os reflexos que ela pode ter na vida dos bancários e bancárias. Vagner Freitas, presidente da UNI América Finanças e da Contraf/CUT, ressaltou que as medidas tomadas até agora pelos governos visam “salvar as empresas, as mesmas que causaram a crise, não mudar o sistema financeiro para que ele tenha um papel importante para toda a população. Não está na pauta uma regulamentação para impedir demissões ou perda de direitos”. “Nossa arma é a mobilização e precisamos utilizá-la ao máximo nesse momento. Precisamos discutir aqui formas de mobilização em nível internacional para garantir a proteção dos empregos e dos direitos dos trabalhadores”, defendeu.

Neemias Rodrigues, secretário de Relações Internacionais da Contraf/CUT, lembrou que a reunião desse ano acontece num momento muito delicado. “Estamos bem no olho do furacão da crise internacional, com anúncios de fusões como a de Itaú e Unibanco e com o início das demissões, como os 52 mil cortes anunciados pelo Citibank”, avalia. “Isso aumenta nossa responsabilidade de discutir esse cenário e lutar por mecanismos de garantia de emprego para os bancários de todo o continente”, sustenta.

O diretor da Contraf/CUT e coordenador do Comitê de Finanças da CCSCS Ricardo Jacques parabenizou a todos os participantes. “É muito importante a presença de todos aqui, pois neste ano não foi possível fornecer passagem para nenhum dos participantes. Mesmo assim temos 31 trabalhadores estrangeiros participando, o que demonstra a importância que as entidades dão ao evento”, comemorou. “É preciso aproveitar essa confluência de interesses das entidades do movimento sindical de se organizar internacionalmente e tirar aqui um movimento de proteção ao emprego e aos direitos”.

A mesa de abertura do evento contou com a participação, representando a Contraf/CUT, de Neemias Rodrigues, secretário de Relações Internacionais da confederação, e Ricardo Jacques, diretor da confederação e da Coordenadora das Centrais Sindicais do Cone Sul (CCSCS); pela CUT, João Felício, secretário de Relações Internacionais da central; Márcio Monzane, da UNI Américas; Luiz Cláudio Marcolino, presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e região; Adriana Magalhães, presidenta do Comitê UNI Jovens; Mariel Iglesias, da organização Argentina La Bancaria; Ricardo Patah, presidente da UGT; Alci Matos, secretário de Relações Internacionais da Contracs/CUT; e Lourenço Ferreira do Prado, presidente da Contec.

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