Nesta quinta-feira (26), o Movimento Negro Unificado (MNU) do Rio de Janeiro foi agraciado com a Medalha Tiradentes, maior honraria concedida pela Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) a pessoas e entidades que prestaram relevantes serviços à causa pública. A homenagem, proposta pelo deputado estadual Professor Josemar, é um reconhecimento à trajetória histórica do MNU, fundado em 18 de junho de 1978, e sua contribuição decisiva na luta contra o racismo, pela democracia, contra a violência policial e pela valorização da população negra em todo o país.

Na mesma noite, o secretário de Combate ao Racismo da Contraf-CUT, Almir Aguiar, recebeu o Diploma Marta Almeida, junto com outras personalidades do movimento negro e da luta antirracista. A honraria homenageia a memória de Marta Carmelita Bezerra de Almeida, ativista do MNU desde os 14 anos, referência na defesa das mulheres negras, da justiça racial e de uma sociedade mais humana e solidária. Marta faleceu aos 44 anos, em setembro de 2023, deixando um legado de militância exemplar.

Para Almir Aguiar, as homenagens representam a continuidade de uma luta coletiva, tanto nas ruas quanto dentro dos espaços institucionais e no mundo do trabalho. “Debatemos nos movimentos negros uma série de demandas da população mais vulnerável desse país: pela inclusão de negros e negras no mercado de trabalho, contra o genocídio da juventude negra, contra a violência policial, e por uma sociedade justa, igualitária e sem racismo. No setor bancário, temos uma luta ininterrupta por mais contratações e pela ascensão profissional de pessoas negras no sistema financeiro”, afirmou.

A Contraf-CUT parabeniza o MNU pela merecida homenagem e reforça seu compromisso permanente com a luta antirracista em todos os espaços da sociedade.