Mendonça sofre nocaute na luta em favor(?) do Banese

Na cruzada que faz contra a suposta venda do Banese ao Banco do Brasil, Mendonça Prado, DEM, tem ostentado um testemunho de público: o de Neirim Goulart, superintendente do BB em Sergipe. Segundo o parlamentar, Neirim teria informado ao presidente do Sindicato dos Bancários de Sergipe, José Souza, das negociações do BB em direção à aquisição. Isto, para Mendonça, é um dos demarcadores da possibilidade de que está mesmo em curso a venda da instituição bancária sergipana.

Não bastasse o fato de Souza desmentir tal informação – “Mendonça Prado não dá nem para ser lobista. Ele está fazendo lobby ao contrário. Ou será que está defendendo a venda do Banese? Parece que o deputado está com síndrome de arrependimento, porque é da turma que mais vendeu órgãos públicos, inclusive o Baneb – Banco do Estado da Bahia -, que foi vendido por ACM (Antônio Carlos Magalhães)”, afirma Souza – o próprio Neirim Goulart também a nega. Não há nenhuma proposta de compra do Banese pelo Banco do Brasil. Não existe Nada. Não houve da nossa parte qualquer manifestação de compra do Banese. Não houve e não há”, diz Neirim.

O mineiro Neirim assumiu a Superintendência do BB em janeiro de 2008. Logo no dia 7 de fevereiro fez aquela visita de praxe a Souza e aos demais diretores bancários. Lá foi tratado o tema da suposta compra do Benese pelo BB, mas com Neirim na passiva. “O Souza me disse: ‘Olha, Neirim, você está chegando, não é do Estado, e é bom que tome conhecimento de que o Banese não está à venda. Estamos lutando para que as folhas de pagamento das prefeituras permaneçam nele e não migrem para outras instituições’. Portanto, foi mais o Souza me dando informações do que eu a ele. O Souza foi quem falou do tema, e revelou que era contrário”, afirma Neirim.

“Nunca houve nenhum pedido da Presidência do Banco para que a gente abordasse este tema da compra do Banese. Com certeza, se houvesse algum interesse nesta direção, a Presidência nacional faria contato com a Superintendência local pedindo que conversássemos com os acionistas do Banese, que, entre eles, está majoritariamente o Governo do Estado”, afirma Neirim. Se este era um trunfo de Mendonça, é um trunfo de fundo oco.

Diplomata, Neirim não quer nem saber do que Mendonça está a dizer. Mas Souza não. Vai pra cima: “Se Mendonça fosse um deputado sério, deveria elogiar a posição do governador, em vez de estar querendo ocupar espaço na imprensa com factóide. Ele deveria seguir o exemplo do Sindicato, que está defendendo o fortalecimento do Banco do Estado de Sergipe. Enquanto o governador afirmar que o Banese não está à venda, o Sindicato vai continuar apoiando sua posição. Nós não defendemos o quanto pior, melhor. Defendemos o quanto melhor, melhor”, afirma Souza.

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