Lucro da Caixa Econômica Federal sobe 62,3% em 2008, para R$ 3,9 bilhões

A Caixa Econômica Federal registrou lucro líquido de R$ 3,9 bilhões em todo ano de 2008, valor que é cerca de 62,3% superior ao registrado em 2007, quando somou R$ 2,4 bilhões, segundo informou nesta quinta-feira (12) a própria instituição. No último trimestre, porém, o lucro caiu com a crise financeira e com o reajuste dos funcionários da instituição financeira.

Habitação

A Caixa informou que o o volume de contratações de empréstimos para habitação atingiram recorde de R$ 23,2 bilhões em 2008. “Mais de 570 mil contratos habitacionais foram fechados”, disse Maria Fernanda Ramos Coelho, presidente da instituição. Isso representa um crescimento de 54,6% em relação ao ano de 2007, quando as contratações somaram R$ 15 bilhões. Em janeiro, a concessão de novos empréstimos já subiu 154%.

Atuação de banco público

Segundo ela, o ano de 2008 representa um “marco” para a Caixa Econômica Federal. “Os resultados mostram que a caixa se consolidou como insitutuição financeira estratégica. É um banco público, com presença nacional, implementador das políticas públicas”, disse a presidente, acrescentando que a Caixa se posicionou para oferecer o que a população precisava.

Segundo ela, a instituição é referência na redução das taxas de juros. “Todas as pesquisas mostram que a Caixa é o banco com as menores taxas praticadas no mercado tanto para as pessoas físicas quanto para as pessoas jurídicas. A MP 443, que nos permitiu a criação do banco de investimentos, nos dará uma condição diferenciada para 2009, de crescimento e expansão dos negócios”, disse.

Estratégia

O vice-presidente de Controle e Risco da Caixa, Marcos Vasconcelos, informou que a instituição financeira visou diminuir sua carteira de títulos públicos em 2008, ao mesmo tempo em que aumentou sua carteira de crédito.

Os títulos públicos recuaram de 50% dos ativos totais no fim de 2007 para 40% no fechamento de 2008, enquanto a carteira de crédito subiu de 20% para 25% dos ativos totais.

Crédito sobe com piora da crise

O saldo das operações de crédito, por sua vez, subiu de R$ 55,8 bilhões, no fim de 2007, para R$ 80,1 bilhões no fechamento de 2008, com elevação de 43,3%. “Aceleramos a concessão de crédito no último quadrimestre do ano passado”, afirmou Marcos Vasconcelos, notando que este foi justamente o período da crise financeira internacional. Em doze meses até setembro de 2008, o crédito cresceu 30%, disse ele.

Somente as operações comerciais de crédito, informou a Caixa, totalizaram R$ 28,9 bilhões, 50,8% a mais do que em 2007. A carteira de pessoa física alcançou o saldo de R$ 13,7 bilhões, com aumento de 24,3%

Pagamento de dividendos e ativos

De acordo com a Caixa Econômica Federal, foram destinados R$ 1,6 bilhão ao Tesouro Nacional sob a forma de juros e lucro sobre capital próprio.

Ao mesmo tempo, os ativos totais da instituição financeira subiram 16,7% em 2008, para R$ 295,9 bilhões. O desempenho de 2008, de acordo com a Caixa, foi incentivado pelo resultado de intermediação financeira de R$ 11,2 bilhões, 25% a mais do que o registrado no ano anterior.

Lucro recorrente

A Caixa Econômica Federal informou, porém, que o chamado “lucro recorrente”, ou seja, descontados fatores atípicos, somou R$ 3,1 bilhões em 2008, contra R$ 2,9 bilhões no ano anterior. Em 2008, o lucro total de R$ 3,9 bilhões, anunciado nesta quinta-feira, foi influenciado pelo recebimento de R$ 1,7 bilhão em créditos tributários do governo federal.

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