Reunião entre bancários e BB foi intermediada pelo Governo do Estado
Os funcionários do Banco do Brasil que trabalham no CSO e no CSL de Pernambuco não terão qualquer perda na remuneração por conta da reestruturação dos dois setores. Também não haverá redução do número de empregados nos dois centros. O compromisso foi assumido pela direção do BB na noite desta segunda-feira, dia 18, durante reunião com o Sindicato dos Bancários de Pernambuco e Contraf-CUT, na sede do Governo do Estado, em Recife.
Para a presidenta do Sindicato, Jaqueline Mello, o compromisso assumido pelo BB é uma importante vitória dos bancários na luta contra os males da reestruturação do CSO e do CSL. “Foram mais de cinco meses de muita luta, mobilização e pressão, mas finalmente conquistamos uma grande vitória, que vai tranquilizar – e muito – os funcionários do CSO e do CSL. Desde outubro do ano passado, temos trabalhado para garantir os direitos dos bancários do BB e agora conseguimos o compromisso do banco de que ninguém será prejudicado financeiramente por causa da reestruturação”, conta Jaqueline.
O compromisso de que os funcionários do CSO e do CSL não terão sua remuneração alterada com a reestruturação foi assumido pelo próprio diretor do BB, Sandro José Franco, da Diretoria de Apoio aos Negócios e Operações (Dinop). Ele veio a Pernambuco para se reunir com o Sindicato graças à intervenção do Governo do Estado.
“No final do ano passado, pedimos o apoio do Governo do Estado na luta contra a reestruturação do BB. Desde então, fizemos uma série de reuniões com o primeiro escalão do governo, que trabalhou duramente ao lado do Sindicato para evitar que a reestruturação causasse prejuízos aos funcionários do BB e à economia de Pernambuco”, diz Jaqueline.
Direitos garantidos
Durante a reunião, o diretor do BB fez uma longa explanação sobre a nova linha de atuação do banco, que visa melhorar a eficiência operacional da empresa. Já o Sindicato reclamou da falta de transparência do BB durante o processo de reestruturação e exigiu garantias aos funcionários.
“O diretor do BB reconheceu que faltou transparência no processo”, conta o secretário-geral do Sindicato, Fabiano Félix. “Exigimos, então, que o banco garantisse formalmente a manutenção da remuneração dos funcionários do CSO e do CSL e que o número de dotações nos dois centros não fosse reduzido. O diretor do BB nos deu essa garantia e disse que vai passar essas informações aos gerentes e aos delegados sindicais do CSO e do CSL em reunião nesta terça, às 9h. Com isso, os trabalhadores podem ficar mais tranquilos, e com a certeza de que a luta valeu a pena”, ressalta Fabiano.
Para o vice-presidente da Contraf-CUT, Carlos Souza, a luta dos bancários do BB de Pernambuco contra a reestruturação foi vitoriosa. “Graças à mobilização do Sindicato e dos funcionários, o banco assumiu o compromisso de que não haverá perdas para ninguém com a reestruturação. Também temos de agradecer ao Governo do Estado, que atendeu ao chamado do Sindicato e entrou de cabeça na luta, ajudando a pressionar o BB”, disse.
O secretário da Casa Civil de Pernambuco, Tadeu Alencar, que intermediou a reunião entre o BB e o Sindicato, pediu ao banco garantias, também, de que a reestruturação não trará prejuízos ao estado.
O Superintendente Regional do BB em Pernambuco, Luiz Pordeus Júnior, explicou ao governo e ao Sindicato que “a reestruturação não terá efeitos nefastos para o estado”. Ele disse que 95% do crédito solicitado pelas empresas e por pessoas físicas é avaliado pelas próprias agências. Assim, disse Pordeus, nenhum cliente será prejudicado com a mudança do setor de crédito do banco para outro estado.
Já Sandro Franco lembrou que setores importantes do BB, como a área de segurança, serão transferidos para Pernambuco. “É possível que o número de dotações aqui no Recife seja ampliado”, comentou.
Além de Jaqueline, Fabiano e Carlos Souza, representaram os bancários do BB na reunião os delegados sindicais Edi Guerra (CSL) e Fernando Lucena (CSO). Pelo banco, além do diretor e do superintendente, participaram outros dois representantes da Dinop, Rogério Coltrin e Fernando Favoreto.
