Funcionários do BNB retomam mesa de negociação permanente com o banco

Comissão Nacional cobrou compromissos da Campanha Nacional 2024

Imagem ilustrativa

Na quarta-feira (13), foi retomada a mesa de negociação permanente entre a Comissão Nacional dos Funcionários do BNB (CNFBNB), que assessora a Contraf-CUT nas negociações, e a direção do Banco do Nordeste do Brasil (BNB). A reunião aconteceu na sede administrativa do Passaré, em Fortaleza (CE).

A Comissão Nacional iniciou a reunião cobrando um compromisso da Campanha Nacional 2024, e questionou sobre a realização de uma pesquisa para avaliar o programa Convergente. O Banco informou que está realizando uma outra pesquisa, referente à questão alimentar dos funcionários, e tão logo essa pesquisa seja concluída, vai encaminhar a avaliação sobre o Convergente.


A CNFBNB também questionou sobre a designação de um funcionário para tomar conta de pendências estruturais e logísticas em prédios que abriguem mais de uma unidade do BNB. “Muitas vezes, as pessoas não sabem a quem recorrer naquele prédio e o nosso objetivo com essa proposta é agilizar a resolução de problemas nesses casos”, explicou o coordenador da CNFBNB, Robson Araújo.


Promova-se

Os analistas bancários que não têm função estão com dificuldade de conseguir pontuar e conseguir se encaixar em concorrências. A Comissão Nacional vem recebendo várias reclamações referentes a essa questão. O Banco sugeriu fazer um levantamento sobre o tema. Outra questão diz respeito à demora na realização de concorrências, que chegam a demorar cerca de um ano para acontecer. Algumas agências estão com urgência de certas funções, a vaga já existe no sistema, mas a concorrência não é aberta. O Banco afirmou que algumas unidades são realmente de difícil provimento, mas ficou de analisar onde estão acontecendo situações semelhantes.

Plano de Funções

A Comissão Nacional tem recebido muitas reclamações referentes às distorções que existem no plano de funções dos funcionários, como no caso dos analistas de Gerat, que se sentem discriminados por não receberem o mesmo valor que analistas de outros setores. O Banco explicou que a remuneração, às vezes, é maior pois a função oferece mais riscos e por isso alguns recebem mais que outros. A CNFBNB ressalta que em caso de funções com as mesmas responsabilidades, a remuneração também deve ser semelhante. O Banco ficou de fazer uma checagem para saber se estão havendo distorções.

“Nós queremos sugerir ao Banco, aqui na mesa de negociação, que o Banco avalie a instalação de uma comissão paritária para debater o Plano de Funções, para que possamos fazer um estudo mais amplo e tentar sanar essas distorções, a exemplo do que aconteceu com o PCR”, destacou a diretora do Sindicato dos Bancários do Ceará, Carmen Araújo.

Caixas 

Os funcionários que exercem a função de caixas têm demonstrado à CNFBNB preocupação com o seu futuro. O Banco explicou que está fazendo um estudo sobre isso e, ao final, consultará as entidades representativas para debatê-la. Segundo a direção do Banco, essa é uma tendência que está acontecendo em todos os bancos, mas a premissa do BNB é redirecionar essas pessoas em outras funções.

A Comissão também cobrou que aqueles funcionários que tenham redução de jornada para acompanhar filho ao médico, em casos de substituição, esse benefício seja mantido. O Banco ficou de avaliar.

Reclassificação das agências

Essa é uma reivindicação constante dos funcionários das agências. A Comissão Nacional solicitou que o Banco reavalie os critérios de reclassificação de agências e que, ao menos, o peso do mercado seja reduzido, hoje esse item pesa 40% na classificação. “O ideal é que enquanto o Banco analisa essa situação, o processo de reclassificação das agências seja suspenso, pois os funcionários seguem aflitos com a possibilidade de queda na classificação das suas agências, mesmo estas dando bons resultados e batendo metas”, destacou Carmen Araújo.

Sobreaviso

A Comissão Nacional tem recebido queixas dos funcionários de nível médio que ficam de sobreaviso, mas sem receber o que prevê a regra constante em acordo aditivo. O Banco informou que o sobreaviso é realmente para pessoas em cargos específicos, como Pessoal da TI e cargos de nível superior, que realizam trabalhos regulares em fim de semana e fora do horário, sanando questões específicas do Banco. A direção do BNB destacou que vai realizar reuniões com os gestores para esclarecer os parâmetros do sobreaviso, pois em cargos de nível médio, quando há a necessidade pontual de realizar trabalho fora da jornada, o Banco paga hora extra.

Revisão de avaliação das carteiras rurais

Estão surgindo casos de carteiras rurais mal avaliadas, mesmo com todos os objetivos cumpridos, porque houve problemas com o Agroamigo, que não tem nada a ver com os gestores das carteiras rurais, pois o Banco avalia a carteira considerando o somatório das contratações da carteira com as do Agromais (de responsabilidade do Agroamigo). Tal metodologia prejudica carteiras e seus gestores quando ocorre algum problema com o Agroamigo. “É preciso rever essa metodologia de tal forma que gestores eficientes não sejam penalizados por problemas que venham a ocorrer no Microcrédito Rural, e quem não tem nenhuma participação dos gestores das carteiras”, afirmou o coordenador da CNFBNB, Robson Araújo. O Banco ficou de trazer respostas sobre o problema na próxima reunião.

Reintegração em Alagoas

O diretor do Sindicato dos Bancários de Alagoas, Iury Filgueira, cobrou mais uma vez da direção do Banco, uma solução definitiva para o caso do bancário reintegrado Petrúcio Lages, ex-preso político durante a ditadura, afastado irregularmente à época pelo Banco.  “Petrúcio já teve diversas vitórias na Justiça, já houve até conversa com o presidente do Banco, Paulo Câmara, mas até agora não temos uma solução definitiva. É preciso um posicionamento oficial do Banco”, destacou.

A próxima reunião da mesa permanente com o BNB ficou agendada para o dia 2 de dezembro e deve abordar Camed, terceirização e outros temas. A CNFBNB também vai enfatizar a importância da suspensão do Promova-se e da reclassificação das agências, enquanto ambos os processos estiverem sendo reavaliados pelo Banco. A Comissão Nacional vai ainda cobrar um calendário de negociações da mesa permanente para o ano de 2025.
 

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