Estudos atuariais da KPMG apontam grandes desafios na Cabesp

Análise considerou a tábua usada pela ANS e mostrou um déficit de R$ 2,2 bilhões no Cabesp Direta

Representantes das associações de banespianos, como Contraf-CUT, Sindicato de São Paulo e demais associações (Afubesp, Afabesp e Abesprev) – estiveram em reunião com a diretoria da Cabesp na tarde da última quinta-feira (21), para assistir à apresentação do estudo atuarial feito pela KPMG.

Na oportunidade, foi informado aos presentes que o estudo de segunda opinião foi realizado a pedido do Conselho Fiscal e que, para a execução do serviço, a consultoria não teve acesso a nenhum dos estudos e premissas utilizados pela Mercer.

A empresa apresentou dois resultados a partir de duas tábuas diferentes (BR-EMSsb-v 2021 e AT-2000 + 10%), ambas apresentaram grandes déficits. Importante dizer que o período de pandemia não foi considerado.

O estudo, que considerou a tábua usada pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) (BR-EMSsb-v 2021), mostrou um déficit de R$ 2,2 bilhões no Cabesp Direta. Se nada mudar em relação à contribuição, a previsão é de que os recursos do plano acabem em 2048, quando ainda haverá 12 mil vidas, com idade média de 85 anos.

Já a partir da outra tábua (AT 2000 + 10%), o plano apresenta déficit de R$ 1,3 bilhões. Se tudo permanecer como agora, os recursos devem acabar em 26 anos, quando ainda existirão nove mil vidas, com idade média de 87 anos.

As associações e sindicatos ouviram atentamente as explicações, e terão que se debruçar para entender todas as diferenças entre os estudos apresentados, tanto da Mercer quanto da KPMG. “Podemos dizer que os resultados indicam que foi acertado em 2018 discutir e aprovar o reajuste escalonado da mensalidade para os associados e a patrocinadora. Se não tivéssemos tomado essa medida difícil em 2018, estaríamos hoje em uma posição muito mais delicada”, afirmou Rita Berlofa, secretária de Relações Internacionais da contraf-CUT. “É necessário olhar esses grandes números e tomar decisões de longo prazo com muita responsabilidade, principalmente com quem, lá na frente, poderá ficar sem o plano”, completou.

A Cabesp informou que esses estudos atuariais serão apresentados na Assembleia Geral Ordinária, mas não serão tópico para votação. “Convocamos todos os associados para que participem da assembleia dia 27”, finalizou Rita.

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