Empregados da Poupex deliberam nesta segunda (21) sobre proposta de acordo coletivo

Movimento sindical orienta aprovação

Depois de intensa negociação, o movimento sindical e a Poupex chegam a um termo e apresentam aos funcionários da empresa uma proposta de acordo coletivo para o período de 2020 a 2022, que será apreciada e votada em assembleia virtual das 8h às 23h59 desta segunda-feira (21), por meio do link https://poupex.votabem.com.br/ (a ser ativado no dia da votação).

A proposta em análise garante direitos e avança bastante em comparação com a primeira versão apresentada pela empresa. Conforme já divulgado pelo Sindicato, a proposta inicial previa reajuste zero em 2020 e perda de direitos importantes como a exclusão definitiva da PR adicional e dos anuênios.

“Compreendemos que o momento é difícil para toda a economia, e entendemos que o esforço da Poupex na preservação dos empregos é louvável, mas, mesmo com diminuição de seu resultado, a empresa não poderia desconsiderar o trabalho incansável de seus empregados e nada oferecer em sua data-base. Apresentamos algumas reivindicações e conseguimos chegar a uma proposta que dialoga com a dignidade dos trabalhadores”, comenta Raimundo Dantas, diretor do Sindicato dos Bancários de Brasília.

Aviso prévio: Mantém o atual acordo

“A atual proposta evita enormes retrocessos e perdas aos trabalhadores. Ao longo do processo negocial buscamos avançar na composição dos interesses que deve refletir um acordo entre as partes. Dizemos isso pelo fato de que a contraproposta da Poupex refletia apenas o interesse da empresa, que, argumentando sobre a atipicidade do cenário e previsões futuras, queria impor uma pauta extremamente prejudicial aos trabalhadores”, contextualiza o presidente do Sindicato, Kleytton Morais.

“Ao longo das negociações conseguimos, pelo diálogo e exercício das análises dos desempenhos da empresa e projeções futuras, assegurar reajuste neste ano idêntico ao da categoria bancária, com garantia de direitos, valorizando assim o esforço dos trabalhadores. Por isso, o Sindicato orienta a aprovação da proposta”, finaliza Kleytton.

Suspensão da contagem de anuênios: histórico na categoria

Em 1999, o Banco do Brasil simplesmente deixou de acrescentar à remuneração dos funcionários os novos anuênios, adicionais conquistados. Os sindicatos recorreram na época, mas o judiciário não garantiu esse dinheiro em ação coletiva, mas hoje vem entendendo que eles são devidos.

No ano de 2000, para fechar o acordo da categoria – com data-base em setembro – a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) condicionou a realização de um plebiscito na categoria para decidir no voto a possibilidade de o bancário optar pela permanência do anuênio ou receber uma indenização em troca desse direito. À época, a Fenaban ofereceu R$ 1.100 para cada funcionário que abrisse mão do anuênio.

Contribuição negocial financia luta da categoria em defesa dos direitos

As lutas em defesa dos direitos de bancárias e bancários são uma constante no dia a dia do Sindicato, e a contribuição negocial tem papel fundamental para fortalecer e financiar as ações diárias da entidade. Com os recursos da contribuição, o Sindicato executa com maior efetividade, nas ruas e nos espaços de tomada de decisão, as ações necessárias para garantir que a categoria seja respeitada e tenha seus direitos assegurados.

Sem a contribuição negocial, a organização coletiva dos trabalhadores fica seriamente comprometida. Com um governo que diariamente ataca a classe trabalhadora e tenta diuturnamente retirar direitos do povo brasileiro, a unidade na luta e a organização dos trabalhadores se tornam cada vez mais fundamentais.

Limites estabelecidos à cobrança da contribuição

Será descontada no contracheque do mês subsequente à aprovação do acordo dos empregados a importância referente a 1,5% sobre o salário-base, reajustado em 2020 e 2021, com o piso de R$ 50,00 (cinquenta reais) e teto de R$ 210,00 (duzentos e dez reais).

Sobre o contracheque de fevereiro de 2021 e fevereiro de 2022 dos empregados, será descontada a importância referente a 1,5% sobre o valor bruto da parcela final da PR, limitado a R$ 250,00 (duzentos e cinquenta reais).

Para o presidente do Sindicato, Kleytton Morais, “as tentativas do governo de enfraquecer a organização coletiva dos trabalhadores é a constatação clara de que o sujeito coletivo chamado sindicato tem relevância nas disputas de narrativa. Na perspectiva de fortalecer a luta, de possibilitar que os recursos necessários à defesa dos direitos, contra as privatizações, é que o Sindicato contextualiza a importância da contribuição de todas e todos contribuírem para o sucesso das empreitadas”.

Como agente de transformação social, o Sindicato também incentiva que sócios e não sócios contribuam com ações de caráter solidário, como é o caso da campanha “Quem tem fome tem pressa”. A gestão dos recursos por parte da entidade tem sido feita de modo a possibilitar ao Sindicato atuar em caráter emergencial em assistência às famílias em situação de insegurança alimentar e vulnerabilidade social.

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