Em Jundiaí, Sindicato paralisa agência do Santander contra assédio e demissão

‘’Demitir funcionários que denunciam assédio mostra uma postura autoritária e abusiva e, para piorar, acaba empoderando ainda mais os maus gestores’’, contesta Paulo Malerba, presidente do Sindicato

A diretoria do Sindicato dos Bancários de Jundiaí e região paralisou a agência do Santander do Parque da Uva, em Jundiaí, na manhã desta quinta-feira (7), numa ação contra o assédio moral e a demissão arbitrária de um dos bancários vitimados pela gestão truculenta do banco.

O sindicato tem recebido várias denúncias contra a postura do gestor, que assedia e constrange funcionários em busca de metas abusivas. Segundo apurado pelo Sindicato, o problema é antigo e uma das funcionárias ouvidas preferiu se desligar do banco a sujeitar-se a situações de perseguição e constrangimento. “É um clima constante de medo e angústia, tornando o ambiente insuportável”, afirmam funcionários que denunciam a prática de assédio.

Cumprindo o que estabelece o Acordo Coletivo, o Sindicato já havia levado o problema ao RH do banco, que se prontificou em apurar a denúncia. No entanto, até o momento a situação não foi resolvida. ‘’Ao invés de punirem o gestor, que humilha e intimida trabalhadores, o banco decidiu demitir um dos denunciantes do assédio’’, contesta o Sindicato.

‘’Demitir funcionários que denunciam assédio mostra uma postura autoritária e abusiva e, para piorar, acaba empoderando ainda mais os maus gestores’’, contesta Paulo Malerba, presidente do Sindicato.

A direção do Sindicato lembra que, de acordo com a  lei, o assédio moral é definido como “ofensa reiterada da dignidade de alguém que cause danos ou sofrimento físico ou mental no exercício do emprego, cargo ou função”. A pena pode chegar à detenção de um a dois anos e multa, sendo agravada em até um terço se a vítima for menos de 18 anos.

‘’Estamos cobrando não só o cancelamento dessa demissão absurda, mas também que o RH reveja sua metodologia, haja vista que demitir funcionários que denunciam assédio acaba por empoderar ainda mais os maus gestores’’, conclui Malerba.

Entenda o caso

Como já não bastasse o sofrimento dos bancários em terem que atuar na linha de frente durante uma pandemia que já bateu as 600 mil mortes no país, o banco Santander, sem a mínima noção de empatia, obriga seus funcionários a terem que enfrentar a absurda prática de assédio moral.

O Sindicato informa que as denúncias de assédio têm sido constantes na agência do Parque da Uva, com hostilidade e grosseria por parte da gestão para o cumprimento de metas.

O clima chegou ao ponto de profissionais terem medo de ir ao banheiro. ‘’Eles relatam que as cobranças excessivas ocorrem individualmente, publicamente e também pelo aplicativo WhatsApp, o que está em desacordo ao estabelecido em nossa Convenção Coletiva’’, informa o Sindicato.

Ao invés de punir o gestor assediador, o banco decidiu demitir um dos funcionários que se manifestaram contra a perseguição.

Fonte Seeb Jundiaí

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