Em dia de negociação, bancários cearenses intensificam greve e paralisam 412 agências

No 15º dia de greve dos bancários e, diante de uma rodada de negociação com a Fenaban, o Ceará deu exemplo de mobilização e paralisou 412 agências no Estado, o que representa 72,66% de adesão. A categoria segue firme na greve nesta terça-feira, (20), aguardando uma proposta digna na negociação de logo mais às 16h (horário de Brasília), em São Paulo.

“Foi a força da nossa greve que arrancou nova negociação com os bancos. Os banqueiros apostaram no confronto e nós respondemos à altura com uma das maiores mobilizações dos últimos anos. No Ceará, alcançamos neste 15º de greve o maior número de agências paralisadas mostrando que seguimos firmes em defesa de nossos direitos e esperando uma proposta justa que possa ser avaliada pela categoria”, analisou o presidente do Sindicato dos Bancários do Ceará, Carlos Eduardo Bezerra.

Além da reposição da inflação e do ganho real, os bancários lutam por mais contratações, mais segurança nos locais de trabalho, mais condições de saúde, igualdade de oportunidade, entre outras demandas.

Por outro lado, os bancos culparam a crise para justificar a pior proposta que apresentaram aos trabalhadores nos últimos anos: reajuste de 5,5%, muito abaixo da inflação do período de 9,88% (INPC). Mas esqueceram de mencionar que, mesmo com o baixo desempenho da economia brasileira, eles vão muito bem: os cinco maiores (BB, Caixa, Itaú, Bradesco e Santander) alcançaram, juntos, o lucro de R$ 36,3 bilhões apenas no primeiro semestre deste ano, um crescimento de 27,3% em relação ao mesmo período do ano passado.

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