Contraf trabalhar  com programa PCN-Brasil em den£ncia contra ABN Real

(São Paulo) Ocorreu nesta quarta a primeira reunião deste ano do Ponto de Contato Nacional (PCN-Brasil), órgão interministerial coordenado pelo Ministério da Fazenda, que fiscaliza o cumprimento de diretrizes e convenções de organismos internacionais. A Contraf e a CUT participaram na condição de convidadas e apresentaram uma série de denúncias contra diversas empresas.

 

Da parte do governo, participaram da reunião Pedro Florêncio (coordenador do PCN-Brasil e representante do Ministério da Fazenda), Fernanda de Souza (Justiça), Leonardo de Souza (Relações Exteriores), Pedro Paixão (Trabalho e Emprego) e Bruno Fonseca (Ciência e Tecnologia).

 

A secretaria de Relações Internacionais da CUT compareceu ao encontro, juntamente com representantes de confederações de trabalhadores de todo o país. O secretário de Relações Internacionais da Contraf-CUT, Ricardo Jacques, e o coordenador da COE ABN, Marcelo Gonçalves, participaram pela Contraf, acompanhados Adelmo Andrade, do sindicato da Bahia, e José Anilton, de Brasília.

 

A CUT apresentou proposta de que reuniões entre trabalhadores e o PCN-Brasil ocorram trimestralmente, para acompanhar o andamento de denúncias já efetuadas e levar novas informações. A sugestão foi bem recebida e novas reuniões deverão ser agendadas.

 

Marcelo Gonçalves apresentou, na reunião, carta-alerta denunciando o descumprimento por parte do ABN Real de diretrizes da OCDE. Dois pedidos feitos por entidades de representação dos funcionários do banco, um deles de Contraf-CUT, para discutir essa situação foram ignorados pela direção do ABN.

 

“Expusemos a situação ao governo brasileiro através do PCN”, afirma. O Banco não negocia nem sequer responde nossos pedidos de informações sobre o processo de venda”, sustenta. “A direção do ABN Real não demonstra interesse pelos efeitos que a venda pode ter na vida de seus 30 mil funcionários no Brasil, além de cerca de 90 mil dependentes”, completa.

 

Segundo ele, os membros do PCN foram receptivos às demandas dos trabalhadores. “Vamos continuar trabalhando junto com o PCN-Brasil para preparar a denúncia formal que faremos contra o banco”, conta.

 

Outras denúncias foram trazidas ao PCN. O caso da bancária e sindicalista paraguaia Marisol Rojas, demitida grávida pelo Interbanco, filia paraguaia do Unibanco, foi apresentado ao coletivo do PCN-Brasil e continuará sendo investigado. Além disso, o Sindicato dos Metalúrgicos de Porto Alegre fez um aporte de informações à denúncia, feita em 2003, sobre interferência da GM na organização sindical dos trabalhadores da fábrica de Gravataí.

O deputado federal Daniel Almeida (PCdoB-BA), sugeriu a convocação de uma audiência pública para forçar a direção do banco a dialogar com os representantes dos trabalhadores. Seria uma forma de assegurar o debate sobre a mudança de controle acionário do ABN e o impacto no emprego dos trabalhadores brasileiros. O contato com o parlamentar foi realizado por Adelmo Andrade.

 

Mobilização

Os trabalhadores do ABN Amro em todo o mundo irão para as ruas lutar por garantia de emprego. As manifestações ocorrerão no próximo dia 26, data da reunião anual de acionistas do banco. “Ocorrerão manifestações em todo o Brasil e na América Latina em defesa do emprego”, confirma Gonçalves.

 

Fonte: Contraf-CUT

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