Contraf-CUT participa de observação internacional das eleições da Colômbia

Entidade fez parte da Missão de Observação Eleitoral a convite da UNI Américas e de centrais sindicais do país vizinho

A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) fez parte da Missão de Observação Eleitoral da Colômbia, nas eleições parlamentares que ocorreram no último domingo (13), no país vizinho, a convite da UNI Américas (ramo regional da Global Union), da Confederação Única dos Trabalhadores (CUT) e Central de Trabalhadores (CTC), ambas da Colômbia. A votação, que funciona como prévia da eleição presidencial de 29 de maio, elege 108 assentos do Senado e 188 da Câmara de Representantes.

A UNI Américas participou dos trabalhos, com o objetivo de garantir democracia, transparência e segurança no pleito, com uma delegação de 85 pessoas, sendo 28 delas dirigentes sindicais da Contraf-CUT. A delegação internacional contou ainda com 150 ativistas dos movimentos sindical e social europeus, além de defensores dos direitos humanos e representantes de sindicatos de nove países latino-americanos, Estados Unidos e Canadá. A Global Union é uma federação internacional que reúne cerca de 900 entidades sindicais do setor de serviços de 150 países e representa mais de 20 milhões de trabalhadores.

Trabalho dos observadores

Os observadores cobraram das autoridades eleitorais respostas a várias denúncias feitas por candidatos e candidatas, tanto dos locais onde ocorreram eleições de 16 congressistas suplementares, uma representação em reparação a vítimas dos conflitos armados (as chamadas circunscrições transitórias especiais de paz), como também de candidatos ao Congresso da República, que vinham sendo ameaçados ou sofrendo violência de milícias paramilitares.

Entre suas principais ações, a UNI manteve reuniões com candidatos, com a Missão de Observação Eleitoral (ONG que reúne movimentos sociais colombianos), com a Registraduría Distrital (órgão estatal que organiza as eleições) e com o magistrado Luís Guillermo Pérez, do Consejo Nacional Electoral (estrutura judicial que coordena as eleições). A coordenação da delegação da UNI foi composta por Christy Hoffmann (Suíça), secretária Geral da entidade; Marcio Monzane (Uruguai), secretário Regional da UNI Américas; Rita Berlofa (Brasil), presidenta UNI Finanças; Roberto von der Osten (Brasil), secretário de Relações Internacionais da Contraf-CUT; Mohamad Alsadi (Canadá), do sindicato da área financeira Unifor; Virginia Coughlin (EUA), da União de Empregados de Serviços SEIU; e Patricio Zambonio (Equador), representante do Centro de Solidariedade Sindical da Finlândia.

Preocupação com as denúncias

A delegação da UNI concedeu no sábado (12), véspera da eleição, coletiva de imprensa, que teve ampla repercussão e chamou a atenção às denúncias de que candidatos das circunscrições especiais estavam sendo intimidados para retirar suas candidaturas, bem como da falta de transparência no transporte dos votos dos locais longínquos para os centros de apuração. No vídeo abaixo, aos 8 minutos, veja a reportagem, em espanhol, sobre a coletiva da UNI.


Petro larga com força

Nas eleições parlamentares de domingo (13), que também funcionam como primárias para o pleito presidencial de 29 de maio, o senador Gustavo Petro, teve a indicação do Pacto Histórico, a coalizão do campo progressista, e largou como candidato favorito. Na manhã desta segunda (14), com 80% dos votos apurados, ele já havia atingindo cerca de 3,5 milhões de votos. Seus adversários mais fortes serão o centrista Sergio Fajardo, que obteve até agora 590 mil votos, e o direitista Federico Gutierrez, que contabiliza cerca de 1,7 milhões de votos.

A coalizão Pacto Histórico já registra até o momento da apuração 2.3 milhões de votos, que representam 14,14% do total. Com o resultado, a esquerda é a corrente mais votada em uma eleição para o legislativo pela primeira vez na história, deve eleger 16 senadores e 25 deputados e se tornar, assim, importante bancada no parlamento do país.

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