Contraf-CUT envia ofício de reivindicações à Cassi
Banco do Brasil
Atendimento de emergência aos bancários com sintomas da COVID-19, acompanhamento preferencial aos portadores de doenças crônicas, recomendação ao Banco do Brasil para que adote o trabalho remoto e reduza ao máximo possível a presença de funcionários nos locais de trabalho, além da suspensão do processo eleitoral em curso, estão entre as reivindicações do ofício
A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) encaminhou um ofício à Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do Brasil (Cassi) nesta sexta-feira (20) pedindo uma série de providências a serem realizadas em decorrência da situação a que estão submetidos os funcionários devido à pandemia causada pelo novo coronavírus (COVID-19). A suspensão do processo eleitoral em curso, o acompanhamento preferencial aos portadores de doenças crônicas, o atendimento de emergência aos bancários com sintomas da COVID-19 e a recomendação ao Banco do Brasil para que seja adotado o trabalho remoto e reduzido ao máximo a presença de funcionários nos locais de trabalho são as principais reivindicações.
“A pandemia global, que tem causado sérios riscos a toda a população e levando milhares à morte em todo o mundo, inclusive no Brasil, expõe a comunidade dos funcionários do Banco do Brasil, ativos e aposentados, à contaminação, seja pelo contato com os clientes nas dependências do banco, seja porque mais da metade dos associados da Cassi é composta por aposentados e pensionistas, em grande parte pessoas idosas”, disse a secretária de Juventude e representante da Contraf-CUT nas negociações com a Cassi e com o BB, Fernanda Lopes.
“Esse quadro agrava ainda mais a situação e aumenta a tensão entre os funcionários”, completou a dirigente da Contraf-CUT, ao observar que os riscos entre os associados da Cassi é maior do que da média da população devido a idade elevada do grupo.
Diante desta constatação, a Contraf-CUT solicitou que a diretoria da entidade instale um serviço de atendimento de emergência para atender aos colegas expostos ao risco de contaminação ou que apresentem sintomas da doença, com serviços de orientação, esclarecimento de dúvidas e agilização de exames, procedimentos e internações; dê acompanhamento preferencial aos portadores de doenças crônicas; recomende ao Banco do Brasil a adoção do trabalho remoto, com redução ao máximo da presença de funcionários nos locais de trabalho, até o limite de dispensar todos os funcionários, em caso de agravamento da epidemia.
Por fim, a Contraf-CUT solicitou ainda a suspensão do processo eleitoral em curso Cassi, em virtude da dificuldade de debate de propostas com os associados, sendo muito frequente a rejeição de diálogo sobre a eleição devido ao medo de contaminação. “Este quadro pode ser constato ao se analisar o número de votantes, em percentual muito mais baixo do que em pleitos anteriores. Isto pode comprometer a representatividade dos eleitos”, concluiu Fernanda.
A Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do Brasil (Cassi) e a Comissão Eleitoral negaram o pedido de suspensão do processo eleitoral para a escolha da Diretoria de Planos de Saúde e Relacionamento com Clientes e Conselho Deliberativo e para o Conselho Fiscal da Cassi. A suspensão havia sido solicitada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), por meio de ofício enviado na sexta-feira (20), em decorrência da pandemia causada pelo novo coronavírus (COVID-19).
“Isto é inaceitável! Faltando um dia para o fim do prazo de votação, apenas um terço dos associados exerceu seu direito de voto. É o percentual mais baixo das últimas décadas”, afirmou indignada a secretária de Juventude e representante da Contraf-CUT nas negociações com a Cassi e com o Banco do Brasil, Fernanda Lopes. “Os eleitos não terão a necessária legitimidade para a representação”, Completou.
Para a dirigente da Contraf-CUT, a suspensão se justifica por diversos motivos. “Os funcionários estão apreensivos. Têm como prioridade evitar o contágio. Os contatos devem ser evitados. O próprio banco mudou sua rotina e suspendeu diversos processos e liberou os funcionários para realizarem trabalho home office, ou os dispensou. O processo eleitoral foi realizado sem que os eleitores pudessem ter acesso suficiente às informações sobre os candidatos”, explicou Fernanda.