Contraf-CUT e Fenae cobram de Guedes afastamento do presidente da Caixa
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Entidades também oficiaram a Fenaban com solicitação do afastamento de Pedro Guimarães
A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), encaminhou na manhã desta quarta-feira (29) ofícios ao Ministério da Economia e à Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) solicitando o afastamento de Pedro Guimarães da presidência da Caixa Econômica Federal para que sejam apuradas com isenção e seriedade a veracidade das denúncias de assédio sexual contra o presidente da Caixa, Pedro Guimarães.
Os ofícios ressaltam que “as denúncias são gravíssimas e carecem de efetiva investigação, sendo imprescindível o afastamento do atual presidente da Caixa, Pedro Guimarães, do seu cargo, a fim de resguardar a apuração livre de influências e perseguições das vítimas”.
“Esse pedido de afastamento é fundamental para que as investigações sejam realizadas de maneira isenta. E não basta a saída somente do presidente Pedro Guimarães - é urgente que se faça uma apuração rigorosa e, se houver conivência ou omissão de outros dirigentes do alto escalão da Caixa, que também sejam afastados e punidos de acordo com a Lei”, destacou o coordenador da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa e diretor de Administração e Finanças da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae), Clotário Cardoso.
>>>>> Leia texto publicado pela Fenae sobre os ofícios.
“É preciso que seja contratada consultoria independente para apurar, inclusive, se houve conivência da alta direção, pois, se houve denúncias em órgãos internos, também é preciso saber porque as mesas não foram encaminhadas”, disse a presidenta da Contraf-CUT, Juvandia Moreira. “Além disso, assédio sexual é crime previsto no Código Penal. Se as acusações forem comprovadas, é preciso que haja a devida punição, conforme define a Lei”, completou Juvandia.
Prejuízo à Caixa
O ofício enviado ao Ministério da Economia observa, ainda, que a conduta de Pedro Guimarães prejudica a imagem da Caixa, que deve respeitar os princípios constitucionais da administração pública, principalmente, a legalidade e a moralidade, sendo a ela uma empresa pública de grande visibilidade, que tem papel social de suma importância.
O texto lembra ainda que a Caixa é signatária da Convenção Coletiva Trabalho da categoria, que prevê nas cláusulas 48 e 49, o repúdio a qualquer tipo de violência à mulher, bem como o compromisso de prevenir os conflitos no ambiente de trabalho e a condenação explícita a qualquer ato de assédio (cláusula 61).